Uma pesquisa com nova rodada de disputa eleitoral divulgada nesta sexta-feira pela empresa #Pesquisa365 mostra, numa aferição espontânea, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente na corrida presidencial, com 22% dos votos. O deputado Jair Bolsonaro (PSC) aparece em segundo, com 12,4%. Bem abaixo estão, em terceiro, Ciro Gomes (PDT), com 4,1% e, em quarto lugar, Marina Silva (Rede), com 2,6%. Ela é seguida de perto, em empate técnico, por Geraldo Alckmin (PSDB), que obteve 2,5% das intenções de voto.
A pesquisa colocou para o eleitor que Lula foi condenado a 12 anos e um mês de cadeia na Operação Lava Jato e que, por isso, corre o risco de não poder disputar a eleição por causa da Lei da Ficha Limpa. Mas, perguntou, caso o petista pudesse disputar se votaria nele: 32,9% responderam que sim. Outros 37,1% dos entrevistados optariam por um dos 16 outros candidatos listados no levantamento. Já 21,5% votariam nulo ou em branco nesse caso.
A preferência por Lula é maior na Região Nordeste (53% votariam nele, se pudessem) e entre eleitores com mais de 60 anos (40%), baixa renda (42%) e baixa escolaridade (44% dos entrevistados com ensino fundamental)
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Metodologia
A pesquisa entrevistou 2.000 eleitores de 85 cidades, nos 27 estados do país, entre os dias 2 e 7 de fevereiro. A margem de erro é de 2,2%, para mais ou para menos, com grau de confiabilidade de 95%. Foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a identificação BR-05162/2018. O custo da pesquisa foi de R$ 140 mil, pagos com recursos próprios.
Num cenário sem Lula no páreo, Bolsonaro está na frente, com 17%, em pesquisa estimulada, ou seja, os nomes são apresentados numa cartela ao entrevistado. Em seguida, aparecem: Marina Silva (10,4%), Ciro Gomes (10,1%), Alvaro Dias (3,4%) e Jacques Wagner (2,2%).
Num cenário com Geraldo Alckmin e Fernando Haddad representando o PT, o resultado é: Bolsonaro (15,9%), Marina Silva (9,7%), Ciro Gomes (9,6%), Joaquim Barbosa (5,5%), Alckmin (4,4%), Alvaro Dias (3%), Fernando Haddad (2,5%) e Manuela D'ávila, do PCdoB, com 1,5%.
Desempenho de Temer
O desempenho eleitoral de Michel Temer também foi aferido e o resultado não foi bom para o presidente. Do total, 77,6% responderam não votar nele "de jeito nenhum"; outros 14,9% responderam que "provavelmente não votariam nele". Sua taxa de sucesso é baixíssima: 0,5% responderam votar em Temer "com certeza"; 1,3% "provavelmente votariam" nele; e 3,8% "poderia votar" no atual presidente. Ao todo, 5,6% do eleitoral admitem votar no emedebista.
O Partido dos Trabalhadores (PT) aparece, ao mesmo tempo, como a legenda mais amada e também a mais odiada pelos brasileiros. Os eleitores responderam qual o partido que mais admiram, e foi apresentada uma relação de 35 legendas. O PT aparece com 19,3%, seguido de PV e PSDB, com 3,1% cada, PSOL (2%) e MDB (1,9%).
O PT aparece também como o mais envolvido com a corrupção, para 68,8% dos brasileiros. Cada eleitor citou três partidos. Na sequência, aparecem PSDB (40,8%), MDB (39,6%), PDT (12,6%), seguidos de PTB, Democratas, entre outros. O PP, o partido com maior número de deputados envolvidos na Lava Jato, por exemplo, não está entre os mais corruptos, na visão dos entrevistados.
A pesquisa resolveu checar quem os simpatizantes do PSDB preferem como candidato dos tucanos ao Plácio do Planalto: se o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, que deverão disputar uma prévia entre os filiados. Alckmin vence de lavada, com 62,3%, contra 27,9% de Virgílio.
O levantamento aferiu ainda 18 cenários de segundo turno, com alguns embates até improváveis, como a disputa entre Fernando Collor de Mello (PTC) e Cristovam Buarque (PPS). Os nulos e brancos venceriam, com 61,2% de intenções. Cristovam receberia apenas 19,5% e Collor, 6,3%
Veja a íntegra da pesquisa
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