O programa Café da República desta quinta-feira (11) fala sobre um “milagre” relativamente comum em tempo de eleição: a transformação de candidatos. Neste segundo turno das eleições reapareceu o velho Jair Bolsonaro (PSL). E, ao mesmo tempo, surgiu um novo Fernando Haddad (PT).
A campanha do PT reduziu a exposição do ex-presidente Lula, preso em Curitiba desde abril. Trocou o vermelho pelas cores da bandeira brasileira. E vai reforçar atributos de Haddad, apresentado como um cara tranquilo, professor, pai, casado há 30 anos e que toca violão. Trata-se de uma tentativa do partido de atrair eleitores que, se não são declaradamente antipetistas, também não são simpatizantes do petismo mais à esquerda nem morrem de amores por Lula. A nova estratégia se assemelha à criação do “Lulinha paz e amor”, que saiu vitorioso nas eleições de 2002.
No lado oposto, o candidato do PSL está voltando a ser o velho Bolsonaro que todos conheciam. Pelo menos na área econômica. Aparentemente, o deputado percebeu que pode se eleger sendo ele mesmo – nacionalista, estatista, desenvolvimentista.
Até pouco tempo atrás, alegadamente convertido ao liberalismo, o capitão reformado se colocava como um candidato a favor de privatizações, da reforma da Previdência e da redução dos benefícios do Estado a setores da economia. Agora, dá a entender que sua mudança nas aposentadorias será mais suave que a proposta por Michel Temer; que não vai privatizar o setor elétrico, visto como estratégico; e insinuou um controle sobre os preços praticados pela Petrobras. Um discurso que deve agradar à grande parcela do eleitorado favorável a uma atuação forte do Estado na economia.
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