Sem legendas fortes ao seu lado e com um discurso de que na composição de seu governo não haverá o famoso "toma lá dá cá" com o Congresso Nacional, Jair Bolsonaro (PSL) já tem uma ideia dos nomes que irão compor o seu ministério, caso saia vitorioso das urnas no segundo turno.
O presidenciável, ao contrário do que disse no início da campanha, não anunciou seu ministério ainda, mas, no decorrer desse período, foi citando nomes e dando dicas. Ele prometeu reduzir o número de ministérios, que hoje são 29, para 15 pastas, unificando várias áreas.
Para um dos cargos mais importantes, o comando da Casa Civil, Bolsonaro já anunciou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). O economista Paulo Guedes será o seu comandante da área econômica. Ele criará o Ministério da Economia, que juntará Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio. Na pasta de Ciência e Tecnologia, já citou várias vezes o astronauta Marcos Pontes, mas declarou também que ele não tem tanta experiência e pode ser aproveitado em outro cargo.
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Os militares terão força e presença em seu governo. Bolsonaro repetiu várias vezes que militares são menos corruptos que os civis. O general Augusto Heleno, que integra sua equipe, é cotado para alguma área estratégica. Pode ir para o Ministério das Minas e Energia, por exemplo. O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, que é advogado, pode ocupar o Ministério da Justiça.
Por enquanto não há uma mulher na lista. Bolsonaro diz que não indicará uma mulher para ter “cota” no seu governo, mas que irá escolher os melhores. Que, já disse, podem ser todas mulheres. Não é o caso até agora.
Conheça os nomes especulados para um eventual ministério
Bolsonaro tem o hábito de dizer que não entende o que Paulo Guedes viu nele. O economista foi definido por ele como seu "posto Ipiranga", numa alusão a propaganda. Reconhecendo não entender de economia, Bolsonaro joga tudo nas costas dele. Vai comandar um super ministério, já que serão unificadas a Fazenda, o Planejamento e a Indústria e Comércio.
Articulador político de Bolsonaro, o deputado gaúcho promoveu almoços com parlamentares em busca de apoios no Congresso. Fiel ao "capitão", Lorenzoni não acatou a orientação de seu partido, o DEM, em apoiar Geraldo Alckmin.
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O advogado, que preside o PSL, foi o responsável pelos acordos políticos. Gustavo Bebianno negociou a filiação de Bolsonaro ao PSL e controla o partido, excluindo Luciano Bivar do comando. É tido como centralizador e enfrentou divergências internas. É braço-direito do presidenciável
O astronauta. Talvez um dos nomes mais citados por Bolsonaro durante a campanha. O profissional ideal para essa pasta. Mas, em uma declaração recente, disse que falta a ele experiência para ocupá-la. Na entrevista seguinte, voltou a citá-lo como ministeriável. Portanto, uma incógnita.
Seria o vice de Bolsonaro não fosse a resistência do partido ao qual era filiado, o PRP, que não aprovou a aliança. Ajudou na elaboração do plano de governo. Bolsonaro quer um militar no Ministério da Defesa, que pode ser o general Heleno. Mas ele é mais cotado para a área de Minas e Energia, que trata de temas estratégicos e afeitos aos militares.
Bolsonaro quer um militar nessa área. Cita o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) como um nicho de corrupção. É o setor que trata de grandes obras rodoviárias. General da reserva, Ferreira ajudou a formular o plano de governo.
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Presidente da União Democrática Ruralista (UDR), ele tem apresentado grandes produtores rurais a Bolsonaro e o aproximou do setor do campo. A proposta do presidenciável é fundir os ministérios da Agricultura com o Meio Ambiente, tido como um entrave pelo setor rural. A bancada ruralista, que o apoia, pode interferir nessa escolha.
Um dos principais conselheiros de Bolsonaro na área de educação, Xanthopoylos é diretor de relações internacionais da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) e ex-integrante da Fundação Getúlio Vargas. É conhecido na campanha como “o grego”. Ficaria responsável ainda pelas pastas de Cultura e Esportes, que seriam unificadas junto com Educação.
Prata é presidente do Hospital do Câncer de Barretos e homem de confiança de Bolsonaro. O deputado já fez mais de uma visita ao hospital administrado por Prata, além de ter destinado emendas parlamentares para a instituição. Outra aposta para a pasta é Nelson Teich, empresário e médico oncologista do Rio de Janeiro.
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