O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato no Paraná, quebrou o sigilo de parte da colaboração premiada firmada pelo ex-ministro Antonio Palocci (governos Lula e Dilma) com a Polícia Federal. Moro incluiu as informações delatadas por Palocci na ação penal do Instituto Lula. No despacho, o juiz afirma que “examinando o seu conteúdo, não vislumbro riscos às investigações em outorgar-lhe publicidade”.
Os benefícios acertados por Palocci também se tornaram públicos. Entre eles, o ex-ministro terá que pagar multa de R$ 35 milhões e teve redução de 2/3 da pena. Em um dos anexos, Palocci detalha um suposto esquema de indicações para cargos na Petrobras durante o governo Lula.
LEIA TAMBÉM: Haddad vai à cadeia pela 15.ª vez para receber instruções de Lula
Ele relata uma reunião no Palácio do Planalto com a presença do então presidente na qual, segundo diz, teria sido acertado o pagamento de R$ 40 milhões em propina para a campanha de Dilma Rousseff em 2010. Ela estaria presente.
VEJA TAMBÉM: 6 revelações de Palocci no primeiro depoimento da delação na Lava Jato
Leia parte dos depoimentos
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião