Vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general Hamilton Mourão (PRTB) declarou nesta quarta-feira (17) apoio a João Doria (PSDB), que disputa o segundo turno do governo de São Paulo com Márcio França (PSB). Eles se encontraram em um hotel na zona sul de São Paulo, conversaram, tiraram fotos e gravaram vídeos para a campanha tucana.
A decisão de Mourão de apoiar Doria foi comunicada pelo Estado ao presidente do PSL, Gustavo Bebianno, que reagiu com surpresa e disse não saber da reunião. Bolsonaro já havia anunciado que não daria apoio a Doria e que se manteria neutro na disputa em São Paulo.
O PRTB teria deixado claro a Doria que o apoio a ele seria apenas do partido e de Mourão, e não da chapa de Bolsonaro. “A gente respeita a opinião do PSL, mas temos a nossa autonomia para tomar as nossas decisões no Estado de São Paulo”, disse um interlocutor do PRTB.
LEIA TAMBÉM - Quem vai com quem no segundo turno para presidente: partidos saem de cima do muro
O encontro foi acompanhado pelo presidente do PRTB, Levy Fidelyx, e considerado uma extensão do apoio manifestado pelo partido à candidatura de Doria. O material feito na reunião será utilizado nas redes sociais dos dois partidos, a partir desta quinta-feira, 18. Caso seja recebido bem pelos eleitores, será usado também no programa eleitoral de Doria.
Na reunião, Mourão e Doria também conversaram sobre as suas afinidades políticas. No último dia 12, Doria tentou, sem sucesso, se encontrar com Bolsonaro, no Rio de Janeiro. O presidenciável teria informado a Doria que estava indisposto, apesar de ter recebido várias visitas de apoiadores durante o dia, em sua casa, na Barra da Tijuca.
MST e outros seis movimentos declaram apoio a França
Por outro lado, ovimentos sociais como o Movimento dos Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP) e Levante Popular da Juventude declararam também nesta quarta-feira apoio ao governador Márcio França (PSB) na disputa pelo governo de São Paulo.
Segundo a nota divulgada pelos movimentos, a decisão de apoiar França aconteceu depois de uma reunião com representantes do governador. No encontro, o candidato do PSB teria se comprometido a proibir a criminalização e criar uma estrutura junto à Secretaria da Casa Civil para fazer a interlocução com os movimentos.
VEJA AINDA: Se votação fosse apenas em SP, Bolsonaro venceria Haddad com 26 pontos de diferença
Ainda de acordo com a nota, os movimentos solicitaram ainda tratamento respeitoso por parte da polícia e a criação de um comitê de conflitos para evitar reintegrações de posse violentas no Estado.
Assinam o texto CMP, MST, Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Trabalhadores por Direitos (MTD), Levante Popular da Juventude, Frente de Luta por Moradia (FLM).
Deixe sua opinião