O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu nesta quarta-feira (10) um inquérito civil público para investigar uma startup que desenvolveu um jogo em que o personagem “Bolsomito” ganha pontos ao matar minorias. O jogo está sendo comercializado por uma plataforma digital de videogames.
No game, o usuário se coloca na pele do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) e ganha pontos ao matar feministas, gays, negros e integrantes de movimentos sem-terra.
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A abertura do inquérito foi realizada pelos promotores Frederico Ceroy, coordenador da Comissão de Proteção dos Dados Pessoais, e Liz-Elainne Mendes, coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos da instituição.
Os promotores alegam que o game “causa danos morais coletivos aos movimentos sociais, gays e feministas”. Além disso, os promotores alegam que o jogo “possui clara intenção de prejudicar candidato à Presidência da República e com isso embaraçar as eleições 2018”.
Contestações no TSE
Nesta quinta-feira (11), o ministro do Tribunal Superior Eleitoral Sérgio Banhos encaminhou uma ação contra o jogo. Apesar de entender que não se trata de competência do TSE, o ministro destacou que ‘o jogo ostenta conteúdo indiscutivelmente agressivo, inadequado, preconceituoso, podendo até configurar incitação ao crime’.
O Ministério Público Eleitoral deverá investigar o caso. A ação foi movida pela Coligação O Povo Feliz de Novo, protagonizada pelo candidato à presidência Fernando Haddad (PT). A coalizão enfatizou que o jogo deveria ser retirado das plataformas de vendas porque ‘tem a finalidade de promover a candidatura do também presidenciável Jair Bolsonaro (PSL)’.
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