A prisão do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, neste sábado (7), causou reações na esquerda, mas nem todos os partidos se colocaram ao lado do ex-presidente. Embora a maioria deles defenda o posicionamento de que a prisão é irregular e convoquem resistência, dois afirmam que ela ocorreu dentro da lei.
Na quinta (5), o PSTU publicou nota em seu site acerca da decretação de prisão de Lula. Ao contrário dos demais partidos de esquerda, o PSTU não condenou a decisão que levou à prisão de Lula e direcionou palavras duras ao ex-presidente:
“A primeira coisa que consideramos importante afirmar é que Lula chegou a essa situação pelas escolhas que ele mesmo fez. Lula governou para banqueiros, ruralistas, empreiteiras, grandes empresários. E o fez apoiado nas mesmas alianças e esquemas de corrupção que sempre marcaram a política tradicional em nosso país. Sarney, Temer, Renan Calheiros, Maluf, Collor… foi com esse tipo de gente que ele se juntou para governar o Brasil. Acabou na mesma lama que eles.”
A nota diz que o partido não concorda com a narrativa do “PT e seus aliados do PSOL”, de que a condenação de Lula seria o “aprofundamento de um golpe”. “Não se pode aceitar o argumento do PT, que defende impunidade para Lula acusando a Justiça de seletiva. A Justiça é seletiva sim, mas a saída é exigir a prisão dos demais corruptos, e não a impunidade geral”, diz.
Quanto à alegação de que a prisão de Lula antes de esgotado todos os recursos em todas as instâncias feriria a democracia, o PSTU também a rebate fazendo uma comparação com os casos de prisão preventiva: “Ora, o Brasil tem hoje mais de 290 mil pessoas presas – na sua ampla maioria negros e pobres – sem que nunca tenham tido direito a qualquer julgamento, nem em segunda nem em primeira instância!”.
REDE
Pelo Twitter, a pré-candidata à Presidência Marina Silva se manifestou na quinta (5), dizendo que a negativa do habeas corpus a Lula, no STF, “reafirmou a jurisprudência sobre a prisão após condenação em segunda instância”. Para ela, o resultado “reiterou o preceito constitucional da igualdade de todos perante a lei”.
Em mensagens subsequentes, Marina afirmou que a conjugação da aplicação de penas após esgotados os recursos em segunda instância com o fim do foro privilegiado “é imperativo”. “Esse será um passo fundamental para por fim a impunidade no país”, concluiu.
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