| Foto: Kiko Sierich/Gazeta do Povo

Alvo de protestos durante a passagem de sua caravana pelo Sul, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (26) que não irá admitir violência sem se defender. “A única coisa que não aceitamos é virar a outra face. Não nascemos para bater, mas não vamos apanhar”, afirmou ele, que participou de um seminário em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, com a participação do ex-presidente do Paraguai Fernando Lugo.

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O petista parabenizou a ação da polícia, que repeliu manifestações violentas contra a caravana em Foz e Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná. E previu mais problemas no encerramento da viagem à Região Sul, na quarta-feira (29), em Curitiba, a terra da Lava Jato.

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“Hoje aqui a polícia colocou ordem. Mas eu já sei que vai ter confusão em Curitiba. Nunca tinha pensado que enfrentaríamos esse tipo de violência. Nós somos de paz. Queremos é ensinar as pessoas a conviverem democraticamente na diversidade. O que não queremos é que as pessoas se desentendam por posições políticas diferentes”, defendeu ele, em discurso para um público formado em sua maior parte por acadêmicos da Universidade Federal da Integração Latino Americana (Unila).

O primeiro dia da caravana do ex-presidente pelo Paraná foi marcado por muita tensão. Manifestantes bloquearam o acesso da comitiva a Francisco Beltrão com carros e caminhões, obrigando Lula a entrar em um carro de passeio para chegar ao centro da cidade. Um repórter do jornal O Globo chegou a ser agredido por um segurança da equipe do petista que registrava a abordagem a dois rapazes acusados de tentar incendiar pneus para impedir acesso de Lula ao aeroporto.

Depois, ele seguiu de avião a Foz do Iguaçu para driblar grupos anti-PT. Na cidade da tríplice fronteira, o clima ficou ainda mais quente, quando dezenas de pessoas com bandeiras do Brasil e vestidos de verde e amarelo marcharam até a porta do Sindicato dos Eletricitários, onde ocorria o seminário com o ex-presidente. Eles romperam a barreira montada pela polícia e precisaram ser contidos com bombas de efeito moral. Antes, porém, arremessaram ovos e outros objetos contra militantes petistas que estavam do lado de dentro.