O ex-ministro da Defesa e Relações Exteriores Celso Amorim foi recebido pelo papa Francisco nesta quinta-feira (2), no Vaticano. Ele estava acompanhado pelo ex-ministro argentino Alberto Fernández e o ex-ministro chileno Carlos Ominami.
O encontro fora da agenda oficial do papa foi realizado em sua residência, a Casa Santa Marta. Procurados, os porta-vozes do Vaticano afirmaram que não comentam encontros pessoais do pontífice.
A assessoria do PT divulgou fotos do encontro na página oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Amorim, o encontro durou cerca de uma hora e o assunto prioritário do encontro foi a situação política e jurídica de Lula, da América do Sul e do Brasil.
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“O Papa recebeu um exemplar em italiano do livro ‘A verdade vencerá’, de Lula, e enviou uma mensagem espiritual ao ex-presidente. Francisco disse que continuará acompanhando com interesse a situação do Brasil”, relata a página.
A mensagem escrita em espanhol diz: “A Luiz Inácio Lula da Silva com a minha bênção, pedindo-lhe que reze por mim”, diz o texto grafado pelo pontífice em outro exemplar do mesmo livro que será entregue por Amorim ao ex-presidente. Segundo a assessoria do PT, sempre que Francisco dá a benção alguém, pede que o fiel ore de volta por ele, num ato de reciprocidade.
Mensagem do Papa Francisco ao presidente Lula, enviada pelo ex-chanceler Celso Amorim após encontro com o pontÃfice no Vaticano.
— Lula (@LulaOficial) 2 de agosto de 2018
Em espanhol, a mensagem manuscrita diz: A Luiz Inácio Lula da Silva com a minha bênção, pedindo-lhe para orar por mim, Francisco. pic.twitter.com/yLfpp18ifP
O ex-presidente Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde abril, quando um mandado de prisão contra ele foi cumprido por ordem do juiz Sergio Moro. O petista foi condenado no processo do tríplex do Guarujá por Moro e teve a pena aumentada pelo Tribunal Regional da Federal da 4ª Região (TRF-4) para 12 anos e um mês de prisão.
Mesmo preso, Lula tenta se candidatar a Presidência da República pela sexta vez, mas deve ser impedido pela Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa, que veta candidaturas de condenados a cargos eletivos por um colegiado de juízes.
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