| Foto: Nelson Jr./Ascom

Recém-chegada ao comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra Rosa Weber quer imprimir a própria personalidade à gestão. Menos de uma semana após chegar ao cargo, ela tirou o foco do discurso sobre combate às fake news, marca de seu antecessor, Luiz Fux, .

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A ministra tomou posse na última quarta (14) e, ao discursar, deu uma dica de por onde deseja começar: garantir o mínimo de erros e possibilidades de contestação sobre a atuação do tribunal nas Eleições 2018. Mas ainda tem pela frente dois anos na presidência do TSE, tempo suficiente para deixar sua marca.

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A avaliação interna é que o assunto “fake news” já foi solucionado com os enfoques dados até o momento. Foram firmados temos de compromisso com plataformas digitais, como Google e Facebook, com a imprensa, os marqueteiros de campanha e os partidos políticos.

Sob essa justificativa a ministra mandou encerrar novos trabalhos voltados ao tema. Devem continuar algumas inserções nas redes sociais, já utilizadas até o momento, sem novos engajamentos.

Modelo de gestão

Com perfil diferente do ministro Luiz Fux, Rosa Weber tende a preferir uma gestão discreta como ela, sem muitas entrevistas, com mais anúncios oficiais que conversas com a imprensa.

Fux e, especialmente, Gilmar Mendes - que comandou o tribunal até o início deste ano - preferem o contato pessoal. O primeiro falava com a imprensa com certa frequencia e aproveitava as ocasiões para enaltecer sua marca, o combate às fake news. Gilmar, por sua vez, era adepto dos recados.

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Rosa Weber tem em suas mãos a eleição mais controversa desde a redemocratização. Dirigirá o tribunal em análises de impugnação do ex-presidente Lula, o tema de maior destaque, até o momento, deste pleito.

Semana passada, ela garantiu que vai dar a celeridade possível ao caso, mas ressaltou que a justiça tem prazos a cumprir e que eles não serão atropelados. A intenção é não dar argumento a contestações da atuação do tribunal.

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Com o fim à meia noite desta quinta-feira (23) para pedidos de impedimento de candidatura, a defesa tem agora sete dias para se manifestar contra qualquer último pedido.

Os casos estão com o ministro Luís Roberto Barroso, que acabou concentrando todos os pedidos de impugnação. Juridicamente, é possível que ele decida sozinho, monocraticamente. Porém, por se tratar de um caso inédito, ele deve deixar que todo o processo siga o curso normal.

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Levando-se em conta cada passo, inclusive recursais, o caso de impugnação de Lula é especial e pode ter uma desfecho até o meio de setembro. É com isso que Rosa Weber trabalha. É contra isso que os advogados de Lula batalham.