O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) registrou na tarde desta quarta-feira (8) sua candidatura à Presidência da República na eleição deste ano.
O tucano declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ser dono de um patrimônio de R$ 1,379 milhão. Em 2014, quando disputou o governo de São Paulo, havia declarado valor de R$ 1,069 milhão.
Em termos nominais, o crescimento foi de 29%. A inflação do período foi de aproximadamente 28%. Ou seja, o patrimônio do candidato variou 0,9% acima da inflação.
Note-se que tanto a variação nominal dos valores quanto a variação real (descontada a inflação) podem não refletir com precisão a evolução patrimonial de Alckmin e de outros candidatos. Isso porque o patrimônio declarado à Receita Federal não reflete necessariamente o valor de mercado dos bens, porque o próprio Fisco orienta que o contribuinte não faça esse tipo de atualização.
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A coligação batizada como Para Unir o Brasil é composta por PSDB, pelos partidos do chamado centrão (DEM, PP, PR, PRB e SD), além de PTB, PPS e SD.
Neste ano, Alckmin declarou ter em seu nome um prédio comercial, um apartamento, uma casa, bens imóveis que não são detalhados, duas terras nuas, três aplicações VGBL num total de R$ 480,7 mil, outros R$ 33,8 mil em depósito em contas correntes no país, bens móveis, fundo de curto prazo, quotas ou quinhões de capital e ações.
A declaração publicada em 2014 era mais detalhada e listava, por exemplo, cabeças de gado e ações da Petrobras.
A falta de detalhamentos nas declarações deste ano se deve a uma mudança no sistema de registro de candidatura promovida pelo TSE. O tribunal retirou o item “descrição” na aba de declaração de bens. Era neste espaço em que os candidatos informavam, por exemplo modelos de veículos, endereços de imóveis e nomes de empresas de que são donos.
Ana Amélia
Vice na chapa de Alckmin, a senadora Ana Amélia (PP) também apresentou requerimento de registro ao TSE.
Ela declarou bens no valor total de R$ 5,126 milhões. Em 2014, quando ela disputou o governo do Rio Grande do Sul, ela declarou R$ 2,55 milhões.
Em termos nominais, o patrimônio dela pouco mais que dobrou em quatro anos. Considerando-se a inflação do período, no entanto, o avanço “real” foi de aproximadamente 56%.
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A senadora declarou cinco apartamentos, duas lojas, duas casas, terreno, terra nua, veículo, sete depósitos bancários no país, aplicações de renda fixa e VGBL, além de bens móveis.
Assim como no caso de Alckmin, a declaração de Ana Amélia é bem mais detalhada em 2014. Há por exemplo, detalhamento dos imóveis e dos bancos onde a parlamentar tem contas.
O PSDB informou que, feito o registro da chapa, agora aguarda o deferimento das candidaturas pela Justiça Eleitoral.
Boulos e Vera Lúcia
Além da chapa Alckmin/Ana Amélia, outras três chapas também solicitaram registro da candidatura ao Palácio do Planalto nas eleições 2018. O prazo se encerra no dia 15, próxima quinta-feira.
A primeira foi do PSOL, formada por Guilherme Boulos e sua vice, Sonia Guajajara. Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Boulos não declarou ter imóveis em sua primeira disputa eleitoral. Ele informou possuir R$15.416, equivalentes ao valor de veículos, sem especificação. A vice disse possuir R$ 11 mil aplicados na caderneta de poupança.
O candidato do Patriota, deputado Cabo Daciolo, não declarou bens. Em 2014, quando se elegeu pela primeira vez deputado federal pelo Rio, o ex-bombeiro declarou possuir um carro modelo Nissan Versa, avaliado em R$ 40 mil. A vice dele, Suelene Balduino, do mesmo partido, informou ter R$ 201 mil de patrimônio.
A candidata do PSTU a presidente, Vera Lúcia, listou à Justiça Eleitoral a posse de um terreno estimado em R$ 20 mil. O vice dela, Hertz Dias, também do PSTU, declarou ter um apartamento de R$ 100 mil.
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