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Na foto, da esq. para direita, Antônio Denarium (eleito governador de RR), Marcos Rocha (eleito em RO) e Comandante Moisés  (eleito em SC). Todos do PSL | Divulgação PSL/Divulgação Sejus/Arquivo Pessoal
Na foto, da esq. para direita, Antônio Denarium (eleito governador de RR), Marcos Rocha (eleito em RO) e Comandante Moisés (eleito em SC). Todos do PSL| Foto: Divulgação PSL/Divulgação Sejus/Arquivo Pessoal

Puxados pela onda bolsonarista, três estreantes na política se tornaram governadores neste domingo (28) pelo PSL, o partido do presidente eleito Jair Bolsonaro. É a primeira vez que a sigla elege um representante para governar um estado brasileiro. Ao todo, 14 dos novos governadores se elegeram com discurso marcadamente vinculado à direita, sendo que 13 declararam voto e/ou apoio ao capitão da reserva.

Os estreantes do PSL

Em comum, além do alinhamento partidário com Bolsonaro, os três novos governadores do PSL têm a quase inexperiência política e a promessa de combater a criminalidade e a corrupção, enxugando a máquina pública, diminuindo cargos comissionados e nomeando uma equipe técnica.

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Comandante Moisés em Santa Catarina

“Vamos implantar o jeito de governar do PSL, dessa nova onda da política”, disse à reportagem Lucas Esmeraldino, presidente da sigla em Santa Catarina. O estado elegeu como governador Comandante Moisés (PSL), de 51 anos, bombeiro da reserva que fez 71,09% dos votos e promete “despolitizar o governo”, governando com servidores de carreira. “As eleições mudaram, o povo mudou e a forma de fazer política também vai ter que mudar”, afirmou o militar, após a vitória. 

Uma de suas primeiras ações, segundo anunciou, será criar um grupo de trabalho para avaliar uma reforma administrativa do estado. Só depois ele pretende indicar o secretariado, que prometeu ser técnico. Moisés, que se filiou em março, disputou sua primeira eleição .

Coronel Marcos Rocha em Rondônia

Foi o mesmo movimento que ocorreu com o Coronel Marcos Rocha, de 50 anos, candidato do PSL em Rondônia, que acabou eleito com 66,3% dos votos. Rocha também tem credenciais militares, assim como Bolsonaro: foi oficial do Exército e policial militar.

Após a vitória, afirmou que o país vive “uma quebra de paradigmas”, e prometeu fazer do combate à corrupção a sua prioridade. “Pisou na bola, está fora. Porque eu não devo nada a ninguém”, disse.

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Suas principais propostas são na área de segurança pública, em que promete aumentar o efetivo policial e criar unidades especializadas para a fronteira e o combate ao crime organizado. Na saúde e educação, o eixo fundamental é a transparência, com auditoria e promessas de cortes de gastos desnecessários.

“É um aspecto primordial para que sobre dinheiro, para investir nas várias áreas do estado”, disse.

Em Roraima, o empresário Antonio Denarium

Em Roraima, estado mais afetado pela crise migratória de venezuelanos, o governador eleito é Antonio Denarium (PSL), de 54 anos, empresário do setor rural e que nunca atuara na política.

Ele fez 53,3% dos votos válidos. Presidente de uma cooperativa de pecuaristas, Denarium promete aplicar no governo “eficiência gerencial e planejamento”. Quer cortar os carros oficiais de secretários e diminuir alíquotas de impostos, para fomentar negócios. 

“Dinheiro há e muito; o que precisa é ser bem administrado”, declarou, na noite de domingo. “Nosso propósito é acabar com a corrupção no estado, melhorar a qualidade do serviço público, atrair novos investidores.”

Onda conservadora

Dos governadores eleitos, 13 declararam voto ou apoio a Bolsonaro durante a campanha. Além dos três nomes do PSL, também declararam apoio a Bolsonaro três tucanos (João Doria, Eduardo Leite e Reinaldo Azambuja), os dois governadores do DEM (Ronaldo Caiado e Mauro Mendes), os dois do PSC (Wilson Lima e Wilson Witzel), Romeu Zema (Novo), Gladson Cameli (PP) e Ratinho Junior (PSD). A centro-direita completa esse grupo com Mauro Carlesse (PHS), reeleito para governar o Tocantins.

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Quatro outros governadores eleitos por partidos do centro ou apoiaram o candidato derrotado Fernando Haddad (PT) - caso de Belivaldo Chagas (PSD, eleito em Sergipe em coligação com o PT) e Renan Filho (MDB, reeleito em Alagoas) - ou ficaram neutros no segundo turno, como ocorreu com os emedebistas Ibaneis Rocha (DF) e Helder Barbalho (PA).

No Nordeste, onda petista

A onda conservadora ficou afastada apenas da Região Nordeste, onde todos os eleitos apoiaram Haddad. Foi ali que o PT conseguiu reeleger três governadores já no primeiro turno - Camilo Santana, no Ceará, Rui Costa, na Bahia, e Wellington Dias, no Piauí - e eleger neste domingo um quarto, Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte).

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