O PSL, partido do pré-candidato à presidência da República Jair Bolsonaro, convidou a cabo da Polícia Militar Kátia Sastre para ser candidata a deputada estadual pela sigla. Sastre, 42 anos, é a PM que reagiu a um assalto em Suzano (Grande SP) na frente da escola da filha no dia 12 de maio, véspera do Dia das Mães. Na ocasião, ela respondeu quando o assaltante Elivelton Moreira sacou a arma. Ele morreu depois de ser atingido por três tiros da policial.
O convite para ela se candidatar partiu do diretório estadual do PSL de São Paulo, que é presidido pelo deputado federal Major Olímpio. Segundo o parlamentar, a cabo ainda não definiu se aceitará ou não o convite. Procurada pela reportagem para falar sobre o convite, Sastre afirmou que não quer “dar esse tipo de informação ainda”.
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Por ser militar da ativa, a policial não precisa se filiar previamente a um partido para concorrer, bastando o registro de candidatura após escolha pela convenção da sigla. Para civis e militares da reserva, o prazo de filiação para as eleições de 2018 terminou em 7 de abril.
O PSL de Bolsonaro não tem deputados estaduais em São Paulo. Na Câmara dos Deputados, em Brasília, tem hoje oito parlamentares e tem planos de expandir a bancada nas eleições de 2018. Apenas no estado de São Paulo, a expectativa, de acordo com Olímpio (que é pré-candidato ao Senado pelo partido), é de que sejam eleitos entre cinco e sete parlamentares para a Câmara.
O partido não foi o único a usar eleitoralmente a PM, celebrada nas redes sociais por ter matado o assaltante. Logo após o incidente, a cabo foi homenageada pelo governador Márcio França (PSB), pré-candidato à reeleição. Ele entregou flores à PM no Dia das Mães, em evento no Comando de Policiamento de Área Metropolitana-4, na zona leste, para cumprimentá-la pela “destreza, técnica e coragem”.
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