Na reunião em que apresentou seu plano de criação de um imposto aos moldes da CPMF, revelada pela Folha de S.Paulo, o economista Paulo Guedes, guru de Jair Bolsonaro (PSL), também falou de sua ideia de um “voto programático de bancada”.
De acordo com a intenção de Guedes, todos os votos de uma bancada seriam computados integralmente a favor de um projeto se mais da metade dos parlamentares daquele partido votarem a seu favor.
Guedes disse já ter um acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para colocar o projeto em prática. A defesa da ideia pelo economista foi revelada pelo jornal O Globo e confirmada pela reportagem.
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O “voto programático de bancada” tornaria mais fácil a aprovação de projetos de um presidente sem maioria parlamentar. Bolsonaro e seus aliados são frequentemente questionados sobre a governabilidade de um eventual mandato, já que praticamente não têm apoio de lideranças de outros partidos.
O mecanismo pensado por Guedes impõe a votação fechada de bancada, ou seja, mesmo que um parlamentar seja contra um projeto ele pode ter seu voto convertido para favorável caso a maior parte dos parlamentares de sua bancada pensem diferente.
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Guedes também disse ter a ideia de aumentar o percentual da cláusula de barreira, limitando os partidos para apenas cerca de cinco no Congresso. Dessa forma, negociar com eles ficaria muito mais fácil.
À reportagem, Maia negou ter falado com Guedes sobre o tema.
“Essa conversa não existiu. Tenho a maior admiração pelo Paulo Guedes, mas prefiro as ideias dele na área econômica, tirando a criação da CPMF, claro.”
Desde que se viu no centro de diversas polêmicas, Guedes cancelou uma série de compromissos, o que gerou incertezas e, na avaliação de investidores, danos à sua imagem.
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