Pesquisa de intenção de voto feita pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) por encomenda da XP Investimentos mostra o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) “estacionado” na dianteira dos cenários sem o ex-presidente Lula, e em situação de empate técnico nos três cenários de segundo turno que incluem seu nome.
O levantamento, divulgado pelo portal Infomoney, também revelou o potencial de transferência de votos do ex-presidente Lula para o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT).
Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, Bolsonaro tem 13%, seguido por Lula (12%). Os demais candidatos aparecem com 2% ou menos. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.
Em todas as situações de pesquisa estimulada, Bolsonaro oscilou 1 ponto porcentual para baixo em relação à pesquisa feita pelo Ipespe na semana anterior – uma variação dentro da margem de erro. Com intenções de voto que variam de 19% a 22%, o parlamentar ficou abaixo da pontuação máxima que atingiu nos levantamento desse instituto, que foi de 26% entre 21 e 23 de maio.
O Ipespe simulou quatro cenários de primeiro turno. No primeiro, sem candidato do PT, Bolsonaro tem 22%, seguido por Marina Silva (Rede) com 13%, empatada tecnicamente com Ciro Gomes (PDT), que tem 11%. Em seguida vêm Geraldo Alckmin (PSDB, 8%), Alvaro Dias (Podemos, 6%). Manuela D’Ávila (PCdoB) e Henrique Meirelles (PMDB) têm 2% cada. Depois vêm Guilherme Boulos (PSOL) e Flávio Rocha (PRB), com 1%. E 34% dos entrevistados votariam em branco ou nulo ou estão indecisos.
No segundo cenário, com Haddad como candidato petista, o cenário é o seguinte: Bolsonaro (21%), Marina (13%), Ciro (10%), Alckmin (8%) e Alvaro (6%). Meirelles, Manuela e Haddad têm 2% cada. Flávio Rocha e Boulos, 1%. Brancos, nulos e indecisos são 33%.
O terceiro cenário, com Lula, é liderado pelo ex-presidente, com 29% das intenções de voto, à frente de Bolsonaro (19%), Marina (10%), Alckmin (7%), Ciro (6%) e Alvaro (6%). Meirelles tem 2%. Manuela e Amoêdo, 1%. Indecisos, nulos e brancos somam 18%.
No quarto cenário, Haddad foi apresentado aos entrevistados como “apoiado por Lula”. Nesse caso, Bolsonaro lidera com 20% e Haddad salta para 11%. Marina aparece com 10%, Ciro com 9%, Alckmin com 8% e Alvaro com 6%. Meirelles tem 2% e Flávio Rocha e Boulos, 1% cada. O “não voto” chega a 31%.
Transferência de votos de Lula
Segundo o levantamento, a inclusão do termo “apoiado por Lula” faz a transferência de votos do ex-presidente para Haddad subir de 5% para 39%, com Ciro e Marina conquistando 13% e 12% dos votos que seriam de Lula. Quando não há esse estímulo (“apoiado por Lula”, Ciro e Marina conquistam de 18% a 20% das intenções de voto no ex-presidente.
Segundo turno
O levantamento do Ipespe apontou empates técnicos em cinco de seis cenários de segundo turno.
Só não há essa situação numa disputa entre Lula e Bolsonaro, liderada pelo petista, com 42% contra 34% das intenções de voto, com 24% de brancos, nulos e indecisos.
Nas demais simulações o resultado é o seguinte:
- Alckmin 20%, Haddad 19%, com 46% de “não votos”.
- Bolsonaro 33%, Alckmin 31%, com 35% de brancos, nulos e indecisos
- Marina 38%, Bolsonaro 34%, com 28% de “não votos”
- Alckmin 31%, Ciro 30%, com 39% de brancos, nulos e indecisos
- Bolsonaro 34%, Ciro 33%, com 34% de “não votos”.
Metodologia
A pesquisa XP/Ipespe foi feita por telefone. Entrevistadores ouviram 1.000 pessoas de todo o país entre 11 e 13 de junho. O intervalo de confiança é de 95,45% e a margem de erro, de 3,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o código BR-07273/2018 e custou R$ 30 mil.
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