Em um cenário com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PSC) e Geraldo Alckmin (PSDB) como candidatos a presidente, a preferência dos eleitores está tecnicamente empatada – ao menos em São Paulo. É o que aponta levantamento feito pelo Paraná Pesquisas com eleitores do estado entre os dias 20 e 25 de fevereiro, por meio de entrevistas pessoais.
LEIA MAIS: Primeira pesquisa do ano para governador de SP mostra empate técnico na liderança
De acordo com os resultados, mesmo condenado o ex-presidente Lula tem 19,7% das intenções de voto. Alckmin aparece em segundo lugar, com 20,1%, enquanto Bolsonaro lidera (22,3%). Já Marina Silva (8,8%), Ciro Gomes (5,3%) e Álvaro Dias (3,6%) aparecem distantes dos três candidatos mais bem colocados. A margem de erro é de 2%.
Em outro cenário, com Fernando Haddad no lugar de Lula, Bolsonaro segue na liderança, com 23,4%, mas continua tecnicamente empatado com Alckmin, que tem 22,1% das intenções de voto. Nessa outra configuração, Marina Silva e Ciro Gomes crescem entre os eleitores, mas permanecem distantes dos demais. Já Haddad fica em quinto lugar, com 6%.
Por outro lado, se o substituto de Lula for Jaques Wagner, de acordo com a pesquisa, o desempenho do candidato do PT (Partido dos Trabalhadores) fica ainda pior, alcançando apenas 1,3% das intenções de voto entre os paulistas. Pouco muda para os demais candidatos, já que Bolsonaro (23,5%) e Alckmin (23,2%) continuam na liderança.
Migração dos votos
A pesquisa também perguntou, somente aos eleitores de Lula, em quem eles votariam com o ex-presidente fora da disputa. No primeiro cenário, 20,9% afirmaram que votariam em Fernando Haddad, enquanto 19,3% escolheriam Marina Silva. Já 22,2% disseram que não votariam em nenhum dos candidatos listados.
Com Jaques Wagner, aumenta o percentual de eleitores que afirma que não escolheria nenhuma das opções (25,1%). Nesse cenário, Marina Silva cresce, recebendo 22,4% dos votos que seriam destinados a Lula. O ex-governador da Bahia, por outro lado, ficaria com apenas 5,9% da preferência.
Avaliação do governo Temer
A mesma pesquisa perguntou aos paulistas como eles avaliam o governo de Michel Temer. Na pergunta estimulada (em que a questão cita as categorias), 70,8% dos entrevistados consideraram o governo ruim ou péssimo. Apenas 7,5% disseram que administração de Temer é ótima ou boa, enquanto 20,3% a classificaram como regular.
Na pesquisa não estimulada – em que o eleitor é questionado, apenas, se aprova ou desaprova o governo Temer –, 81,7% disseram desaprovar a administração do peemedebista. Entre mulheres (83,5%), entrevistados de 35 a 44 anos (84,7%) e com ensino médio (85%) aparecem as maiores taxas de desaprovação. Já 15,3% disseram aprovar a administração de Temer, enquanto 3% não souberam ou não opinaram.
Metodologia
O universo da pesquisa abrange os eleitores do estado de São Paulo com 16 anos ou mais. Foi utilizada uma amostra de 2.000 eleitores, em 84 municípios sendo esta estratificada segundo sexo, faixa etária, grau de escolaridade e nível econômico. O trabalho de levantamento dos dados foi feito por entrevistas pessoais durante os dias 20 a 25 de fevereiro de 2018, sendo acompanhadas 20% das entrevistas. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o n.º BR-07021/2018.
Vai piorar antes de melhorar: reforma complica sistema de impostos nos primeiros anos
“Estarrecedor”, afirma ONG anticorrupção sobre Gilmar Mendes em entrega de rodovia
Ação sobre documentos falsos dados a indígenas é engavetada e suspeitos invadem terras
Nova York e outros estados virando território canadense? Propostas de secessão expõem divisão nos EUA
Deixe sua opinião