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Bolsonaro levou uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) em 6 de setembro | Fábio Motta/Estadão Conteúdo
Bolsonaro levou uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) em 6 de setembro| Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo

O superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, delegado Rodrigo Teixeira, rebateu críticas do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) sobre a condução das investigações do atentado a faca sofrido pelo presidenciável. Bolsonaro levou uma facada durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) em 6 de setembro. O delegado negou que o responsável pela investigação seja ligado ao PT e disse que a PF não “privilegia ninguém”.

Em entrevista à Rádio Jovem Pan na segunda-feira (24), Bolsonaro afirmou ter sido vítima de atentado político e sugeriu que a PF agia para “abafar” o caso. A investigação está sob responsabilidade do delegado Rodrigo Morais.

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Superintendente defende atuação da PF no caso

Na quarta-feira (26), Teixeira defendeu a atuação de Morais no caso. “O inquérito vem sendo conduzido de forma isenta, como sempre é feito pela Polícia Federal”, afirmou o superintendente. “Neste caso, foi aberto à família da vítima e à própria vítima para que pudessem acompanhar o procedimento. O doutor Rodrigo está se empenhando ao máximo”, disse Teixeira.

O superintendente da PF confirmou que o delegado responsável pelo caso trabalhou no governo de Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais, mas negou que o colega tenha relações com o partido. Foi uma resposta à afirmação do filho do presidenciável, Flávio Bolsonaro, que em entrevista disse que a PF havia colocado “um delegado que foi assessor do PT para encabeçar o inquérito”.

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“Rodrigo Morais exerceu cargo técnico na Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais. Era um cargo que integrava as inteligências das polícias Militar, Civil e do sistema prisional. Era um cargo de terceiro escalão”, disse o superintendente. “Morais nunca teve contato com o governador, e fez um grande trabalho na secretaria, porque estava muito qualificado para isso, tinha experiência”, afirmou.

Segundo Teixeira, “politicamente, cada um fala o que quiser”. “Não existe na Polícia Federal abafar caso ou dar preferência para caso. Não existe prejudicar A, B ou C. Trabalhamos com o estrito cumprimento da lei, e a história nossa prova isso.”

Relatório deve ser divulgado nesta sexta

A Polícia Federal encerrou na semana passadas as investigações do primeiro inquérito que apurou o atentado sofrido por Bolsonaro. O relatório com as conclusões deve ser divulgado nesta sexta-feira (28) e deve constar que o agressor, Adelio Bispo de Oliveira, agiu sozinho.

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Um outro inquérito já foi aberto na terça-feira (25) para apurar a afundo as motivações do atentado. Segundo argumentação da corporação, a necessidade de terminar um inquérito e abrir outro logo em seguida ocorreu porque o prazo para fim do primeiro inquérito é mais curto, por se tratar de investigação com prisão em flagrante.

Bolsonaro foi esfaqueado no abdome quando fazia campanha na região da Praça Halfeld, no centro de Juiz de Fora. Ele se recupera no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Adelio Bispo está preso em penitenciária federal em Mato Grosso do Sul.

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