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Servidora pública disse à polícia que foi agredida em  um bar em Recife por estar usando um adesivo da campanha da Ciro Gomes. | Reprodução/Facebook
Servidora pública disse à polícia que foi agredida em um bar em Recife por estar usando um adesivo da campanha da Ciro Gomes.| Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Civil de Pernambuco investiga um ato de violência supostamente causado por motivações políticas que teria acontecido na noite do último domingo (7), em Recife. Três homens e uma mulher são procurados, acusados de lesão corporal grave e ameaça contra a produtora e servidora pública Paula Pinheiro Ramos Pessoa Guerra, 37 anos. Paula relata ter sido espancada por usar adesivos e bottons em apoio ao candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e ao movimento #EleNão, que faz oposição ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

Veja o posicionamento dos candidatos sobre atos violentos

De acordo com a delegada Morgana Alves, que registrou o boletim de ocorrência nesta quinta-feira (11), Paula estava em um bar acompanhada de um amigo, quando foi questionada pelos homens sobre “o porquê de não votar em Bolsonaro”. O grupo discutiu até que uma mulher começou a agredir a servidora com socos, enquanto os homens impediam que os funcionários do bar e outros clientes interrompessem a agressão.

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Paula foi salva por um dos garçons que conseguiu esconder ela na cozinha do estabelecimento até que o grupo acusado de cometer as agressões saísse do local. A vítima ficou com hematomas pelo rosto e teve um dos braços quebrados. Ela foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.

“Durante a discussão ela ainda conseguiu filmar os homens, no entanto, a agressora pegou o celular dela e quebrou. Foi um crime de motivação política. As investigações vão continuar no intuito de identificar os acusados e puni-los”, afirmou a delegada.

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“Vamos prestar toda a assistência a essa vítima e monitorar esse caso para que não volte a se repetir com outras mulheres”, disse a secretária da mulher de Pernambuco, Silvia Cordeiro.

Candidatos se posicionam

Diante do registro de atos de violência por motivos políticos em todo o Brasil, os dois candidatos à Presidência da República em disputa pelo segundo turno se posicionaram a respeito.

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Fernando Haddad (PT) afirmou estar em contato com forças que busquem conter a violência, e escreveu um pedido em uma rede social na quarta-feira (10): “Estamos recebendo mensagem de atos de violência em todo o país, alguns chegam à imprensa, outros não, além da continuidade das mentiras pelo WhatsApp e pelo Facebook. Isso precisa parar. Violência não se responde com violência”.

Bolsonaro também divulgou uma mensagem em uma rede social na noite da última quarta-feira (10), condenando a violência praticada por supostos apoiadores da campanha dele. “Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar”, escreveu o militar da reserva.

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