| Foto: EVARISTO SA/AFP

Tornada pública na manhã desta terça-feira (8), a desistência de Joaquim Barbosa de se lançar candidato pelo PSB na corrida à Presidência da República foi uma surpresa para aliados e adversários. Notícia amarga para uns, mas feliz, para outros.

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A cinco meses das eleições, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal já aparecia com 10% de intenções de votos em pesquisas de opinião. E adversários sabem que ele teria, caso fosse concorrer, potencial de se alavancar mais e mais, tirando votos de todos os lados.

“Ele ficou conhecido como justiceiro, trazia o peso da toga, dessa coisa do heroísmo do Judiciário que temos visto nos últimos tempos”, avaliou um potencial adversário.

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No PT, o recuo de Barbosa foi visto com alívio. Líderes do partido afirmam que, sem ele, a montagem dos palanques regionais e alianças com o PSB se tornam mais fáceis, especialmente no Nordeste.

“A perspectiva de ter o ex-ministro, algoz do PT, como candidato, vinha dificultando as conversas com o PSB, que é um aliado histórico em muitos estados. Não seria possível ter um palanque duplo do Barbosa e do candidato petista, seja ele Lula ou não”, afirmou um cacique do PT.

ANÁLISE:Joaquim Barbosa tira novidade da eleição e dá alívio a Alckmin

Avaliação semelhante é feita entre líderes tucanos, que acreditam na capacidade do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin de capitalizar alguns votos já declarados em Barbosa.

O ex-ministro do STF ficou conhecido pela sua atuação como relator do mensalão no histórico julgamento que acabou com a condenação de vários petistas.

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Atualmente, atua como advogado e consultor. Tem escritórios no Rio de Janeiro, onde mora, em Brasília e São Paulo. Faz constantes viagens para palestras.

O estilo de vida adquirido após deixar o STF precocemente pesou na decisão do ex-ministro. Em mensagens à lideranças do PSB esta manhã, horas antes de fazer o anúncio público pelo Twitter, foi essa a alegação de Barbosa.

Segundo alguns integrantes da sigla que foram contatados pelo ex-ministro essa manhã, a pressão familiar pesou. “Quem já está na vida política sofre pressão da família para largar, porque é sempre muito vigiado. Imagina um cara como ele que saiu dos holofotes e agora voltar?”, afirmou um deputado do PSB.