| Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

Medida proposta para tentar combater o crescimento do apoio a Jair Bolsonaro (PSL) entre setores do agronegócio, a facilitação do porte de arma no campo ficou de fora do capítulo sobre Segurança Pública do programa de governo de Geraldo Alckmin (PSDB), divulgado esta semana.

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No documento, disponível no site da campanha, as armas de fogo são mencionadas apenas nós tópicos que advogam o combate ao tráfico de drogas e armas, bem como em medidas para promover a identificação, controle e rastreamento das disponíveis e retirar de circulação as ilegais.

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A flexibilização do porte de arma no campo foi defendida pela primeira vez em maio pelo ex-governador - um defensor histórico da redução do desarmamento da população -, e aconteceu um dia após Bolsonaro propor, em evento com produtores do Cerrado em Brasília, distribuir um fuzil para cada fazendeiro. A segurança é uma das principais preocupações dos produtores rurais.

Segundo Luiz Felipe D’Avila, coordenador do programa de governo da campanha de Alckmin, a proposta não foi incluída porque já tramita na Câmara através do Projeto de Lei (PL) 8193/2017, de autoria do deputado Heuler Cruvinel (PSD/GO).

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O projeto altera o artigo 6º do Estatuto do Desarmamento, permitindo ao produtor rural que resida no campo que também porte armas. Ele foi apensado a outro PL, o 3722/2012, que já está pronto para ser votado.

Em maio, quando apresentou a proposta, Alckmin disse que queria “facilitar” o porte no campo porque, ao contrário das zonas urbanas, as pessoas estão muito distantes umas das outras, o que dificulta o policiamento e as torna um alvo mais fácil.

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Uma das possibilidades aventadas à época foi inclusive a de regularizar o porte para pessoas que já possuem armas ilegais. Esta não consta do PL de Cruvinel.