O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado do Paraná (SinDPF/PR) emitiu nota na manhã desta quarta-feira (11) em que defende a saída imediata do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Superintendente da Polícia Federal no Estado do Paraná. Lula está preso no local desde sábado (7), quando começou a cumprir pena de 12 anos e 1 mês de prisão por envolvimento no caso tríplex. O texto destaca que a ocupação da região próxima por pessoas ligadas a “movimentos sociais e outras facções” criou diversos tipos de problemas.
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Além de atrapalhar a rotina pessoal, segundo o sindicato, a ocupação promovida por grupos pró-Lula prejudica serviços públicos como a emissão de passaportes e questões relacionadas a produtos químicos, segurança privada, armas e emissão de certidões de antecedentes criminais da Polícia Federal. A nota fala também em intimidação por parte dos manifestantes e “comprovados riscos” à população e policiais. “Policiais federais e moradores estão informando, extraoficialmente, que temem pela segurança de suas famílias em face das ameaças e presença de tais manifestantes”, diz o texto.
Leia a íntegra da nota:
“O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado do Paraná – SinDPF/PR, solicitou, neste dia 11 de abril de 2018, via ofício ao Superintendente da Polícia Federal no Estado do Paraná, a transferência imediata do Réu condenado Luiz Inácio Lula da Silva da Sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Paraná (Rua Professora Sandália Monzon, 210, Santa Cândida, Curitiba/PR) para outro local que possa oferecer condições de segurança e que não traga os transtornos e riscos à população e aos funcionários da Polícia Federal.
Foi salientado no pedido que, na Sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Paraná, são realizados, além da rotina policial, atendimentos ao público, dentre eles, emissão de passaportes e questões relacionadas a produtos químicos, segurança privada, armas e emissão de certidões de antecedentes criminais da Polícia Federal.
Assim, diariamente, centenas de pessoas que frequentam estas instalações precisam, por razões diversas e relevantes, de segurança e agilidade no atendimento.
No entanto, desde que a Justiça Federal determinou que o Réu condenado Luiz Inácio Lula da Silva fosse conduzido para a Sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Paraná para cumprimento de sentença penal condenatória, em razão da invasão da região próxima deste prédio de centenas de pessoas ligadas a movimentos sociais e outras facções, por questões de segurança, foi determinado o bloqueio de acessos e demais medidas assecuratórias, causando graves inconvenientes e atrasos nos atendimentos e ações policiais.
Ademais, os Policiais Federais envolvidos nesta operação de segurança estão sem poder desenvolver suas atividades policiais normalmente.
No mesmo sentido, causando ainda mais preocupação a este Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado do Paraná, há comprovados riscos à população que reside no entorno do prédio da PF, aos Policiais Federais e demais integrantes do sistema de segurança pública que moram nas imediações da Sede da Polícia Federal, ao passo que os alguns invasores, que já se instalaram com barracas e determinada estrutura, já estão promovendo ações no sentido de intimidar estas pessoas.
Outrossim, outros Policiais Federais e moradores estão informando, extra oficialmente, que temem pela segurança de suas famílias em face das ameaças e presença de tais manifestantes.
Salientou ainda no pedido que, a Sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Estado do Paraná não é, sob nenhum aspecto, local apropriado para o cumprimento de sentença penal condenatória, por questões alusivas à segurança da população e à ordem pública, devendo, na opinião do Sindicato dos Delegados da Polícia Federal, o Réu condenado Luiz Inácio Lula da Silva ser imediatamente transferido deste local.
Por fim, foi afirmado no pedido que, pelas questões acima explicadas, a medida mais acertada seria a transferência imediata do Ex-Presidente para uma unidade das Forças Armadas, que possua efetivo e estrutura à altura dos riscos envolvidos.”
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