A primeira doação de pessoa física para Marina Silva (Rede) divulgada à prestação de contas da Justiça Eleitoral contém um nome incompatível com o CPF informado.
A contribuição, de R$ 15 mil, entrou na página da candidatura no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quinta-feira (29) em nome de “Silmara Mutini”. Antes dessa doação, só apareciam como receitas os R$ 5,6 milhões que Marina recebeu do fundo eleitoral e R$ 171 mil repassados pela empresa que administra o crowdfunding da ex-senadora.
Tanto a grafia do nome quanto o CPF associado a ele estavam errados. A doadora se chama Sylmara Mascarenhas Valente Multini e o número do documento era o da mãe dela. Sylmara trabalhou no comitê organizador da Olimpíada do Rio.
Segundo a assessoria da presidenciável, “houve um equívoco em relação à doação”, que foi feita na prática por Sylmara, e não pela mãe dela, Ruth Neusa Mascarenhas Valente. “As duas possuem conta conjunta, cuja titular é Ruth, e foi lançado o nome de Sylmara com o CPF de sua mãe”, diz nota da campanha.
De acordo com o TSE, o tribunal checa a origem das doações durante a análise da prestação de contas dos candidatos, após a eleição. Nesse caso, se for identificado problema, a candidatura é questionada a respeito.
Em nota, a corte afirma que “o candidato, o administrador financeiro e o contador são responsáveis pela veracidade das informações declaradas nas prestações de contas”.
Procurada pela reportagem, a equipe da presidenciável disse nesta quinta-feira (30) que já pediu a retificação do nome ao TSE.
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