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| Foto: Miguel Schincariol/AFP

A 136ª Pesquisa CNT/MDA, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte nesta segunda-feira (14), apurou as preferências eleitorais dos entrevistados em cenários de primeiro e segundo turnos de votação. Mesmo preso, o ex-presidente Lula lidera a corrida ao Palácio do Planalto, com 32,4% das intenções de voto. Nos cenários sem o petista no páreo, quem fica na frente é o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). O levantamento ocorreu entre os dias de 9 a 12 de maio com 2.002 pessoas, ouvidas em 137 municípios de 25 unidades federativas.

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Além da preferência eleitoral, a pesquisa traz outras informações interessantes sobre a prisão de Lula, as características ideais dos candidatos, e a confiança na Justiça e nas instituições, além de sondar o entendimento dos brasileiros sobre os riscos da propagação de notícias falsas (fake news) e a expectativa em relação à Copa do Mundo. Leia abaixo o lado B da pesquisa CNT/MDA:

A prisão de Lula

No primeiro levantamento CNT feito após a prisão de Lula, a maioria dos entrevistados (51%) considerou a prisão do ex-presidente como “justa”, enquanto 38,6% a consideraram “injusta”. O petista está preso desde 7 de abril na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba.

Para 49,9%, Lula não conseguirá disputar as eleições presidenciais deste ano. Esse porcentual é maior do que o dos que acreditam que, mesmo preso e inelegível, o petista participará do pleito de outubro (40,8%).

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Credibilidade da Justiça

A CNT/MDA também questionou a opinião dos entrevistados sobre a confiança na Justiça brasileira. A maioria (52,8%) avaliou o Judiciário brasileiro como “pouco confiável” e 36,5% como “nada confiável”. Os que consideraram os magistrados do país como “muito confiáveis” ficaram em 6,4%.

A avaliação sobre a atuação da Justiça no Brasil é negativa para 55,7% (ruim ou péssima) dos entrevistados. Outros 33,6% avaliam a Justiça como sendo regular e 8,8% dos entrevistados avaliam que a atuação da Justiça no Brasil é positiva (ótima ou boa). Para 90,3% a Justiça brasileira não age de forma igual para todos. Outros 6,1% consideram que age de forma igual.

Impacto da Lava Jato na corrupção

A esperança de que a Operação Lava Jato fará do Brasil um lugar menos corrupto não seduz 44,3% dos entrevistados. Para eles, a corrupção no país irá continuar na mesma proporção, mesmo após as recentes ações da Justiça que levaram para a cadeia políticos poderosos, empreiteiros e até um ex-presidente da República. Já 30,7% avaliam que a corrupção irá diminuir e 17,3% acreditam que vai aumentar.

Características desejáveis

A Confederação Nacional do Transporte perguntou aos entrevistados quais as características mais importante que um candidato a presidente da República deve ter. Para 65,6% deles, a honestidade será o principal fator levado em consideração na hora de definir o voto; 47,7% considerarão novas propostas para o Brasil; 26,4%, a trajetória de vida; 12,1% considerarão se o candidato é novo no meio político; 5,9% o partido político ao qual o candidato pertence; e 3,4% se ele é do meio empresarial. Os entrevistados podiam marcar mais de uma resposta.

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Instituições mais confiáveis

O levantamento também pesquisou a confiança dos brasileiros nas instituições. A mais confiável, na opinião dos entrevistados pela pesquisa, foi a Igreja, com 40,1%. As Forças Armadas aparecem em seguida, com 16,2% de confiança, seguida pela Justiça, com 8,6%, e a imprensa, com 5%. A polícia aparece em quinto lugar, com 4% de confiança, seguida pelo governo federal (2,2%). As instituições com menor confiança são o Congresso Nacional (0,6%) e os partidos políticos (0,2%).

O perigo das fake news

A influência perigosa das fake news na vida dos brasileiros, sobretudo em ano eleitoral, também foi alvo de apuração da pesquisa CNT/MDA. Quase sete em cada dez entrevistados (68,2%) já ouviram falar sobre a existência de notícias falsas, as chamadas fake news. Metade deles (49%) afirmou utilizar a internet (redes sociais, portais ou aplicativos de mensagem, como o WhatsApp) todos os dias para ver notícias.

Aos entrevistadores, 81,4% dizem acreditar em algumas e desconfiar de outras notícias que veem na internet. Outros 4,5% afirmam crer em todas as informações, enquanto o restante (13,8%) diz não acreditar em qualquer notícia.

Quando ficam em dúvida sobre a veracidade de alguma notícia que veem na internet, 31,5% dizem que têm o costume de sempre verificarem se a informação é verdadeira. Já 45,4% verificam somente algumas vezes e 22,7% dizem que não têm esse costume.

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Segurança vai piorar

A CNT/MDA perguntou qual a expectativa dos entrevistados para os próximos seis meses em relação a cinco áreas importantes para o dia a dia e o futuro dos brasileiros: emprego, renda mensal (salários), saúde, educação e segurança pública. Nas quatro primeiras áreas, a percepção é de que tudo ficará igual, sem melhora ou piora, com índices variando entre 42,9% e 59,3%. Só no quesito segurança, a expectativa de 41,9% é de que as coisas vão piorar.

O caneco é nosso

No país do futebol, 42% dos que responderam à pesquisa CNT não estão interessados na Copa do Mundo da Rússia, contra 27% que estão muito interessados e 30,7% pouco interessados. Ainda assim, o otimismo com uma vitória da seleção brasileira é grande. Para 51,9%, o Brasil é o país favorito a vencer o Mundial. O principal meio pelo qual os entrevistados pretendem acompanhar os jogos da Copa do Mundo é a TV (96,8%). Em seguida, aparecem internet (1,7%), rádio (0,3%) e jornal (0,1%).

Metodologia

A pesquisa CNT/MDA ouviu 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 Unidades Federativas das cinco regiões do País. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais. O levantamento foi feito entre os dias 9 e de 12 de maio e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-09430/2018. O nível de confiança da pesquisa é de 95%.

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