Manifestantes contra Jair Bolsonaro protestaram neste sábado (20) no Rio de Janeiro| Foto: Fernando Souza/AFP

Manifestantes contra o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltaram às ruas neste sábado (20), faltando uma semana para o segundo turno das eleições. Os protestos aconteceram em grandes cidades como Brasília, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro e reuniram milhares de pessoas, segundo os organizadores. Os atos começaram por volta das 15 horas e seguiram até o início da noite. Os protestos deste sábado, porém, foram menores do que os atos de 29 de setembro, também contra Bolsonaro.

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Em São Paulo (SP), o ato começou no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), bem no centro da capital paulista. Depois, os manifestantes começaram a caminhar e fecharam as duas vias da Avenida Paulista. Eles também protestam contra João Doria (PSDB), candidato a governador de São Paulo. “Ele não, e o Doria também não”, cantam.

Um dos hinos de maior sucesso entoados no vão do Masp, em ritmo de funk, diz que se houver união “Bolsonaro vai cair”. Havia bandeiras do PT, PSOL, CUT, PSTU e outras. Público sem filiação partidária ou militância específica também participou do ato.

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Já no Rio de Janeiro (RJ), o ato começou por volta das 15h na Cinelândia. Segundo o jornal O Globo, o grupo Mulheres Unidas contra Bolsonaro cantou palavras de ordem como “nenhum passo atrás” e “ditadura nunca mais” e exibiu placas com retratos de personagens que representam a luta pelos direitos humanos, como Lyda Monteiro, Olga Benário, Elza Monteiro e Aquature (ex-escrava que faleceu lutando pelo fim da escravidão).

Os ativistas concentraram-se, majoritamente, na praça em frente ao Teatro Municipal e nas escadarias da Câmara dos Vereadores. No ato, os organizadores do evento fizeram a leitura de um manifesto produzidos por mulheres. Houve gritos de “Haddad sim”, “ditadura nunca mais” e “segura seu machista, a América Latina vai ser toda feminista”.

Na capital federal, manifestantes favoráveis à candidatura de Fernando Haddad (PT) começaram o ato com uma marcha na Rodoviária de Brasília, no Eixo Monumental, e caminharam em direção ao Palácio do Buriti, sede do governo distrital. A Polícia Militar estimou um público de cerca de 6 mil pessoas. Os organizadores estimaram 10 mil.

Com bandeiras e camisetas vermelhas, eles entoaram gritos de protesto contra a candidatura de Bolsonaro, como “ditadura nunca mais”, “mais amor e menos ódio” e “livros sim, armas não”. Os militantes também usaram faixas e cantos para questionar a ausência de Bolsonaro nos debates televisivos.

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Ato contra Bolsonaro movimenta o Centro de Curitiba

Ato #EleNão - Pelo direito de existir (e resistir)! atraiu milhares de pessoas na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba 

Em Curitiba (PR), o ato também começou por volta das 15h30. Com o nome de #EleNão - Pelo direito de existir (e resistir)!, atraiu milhares de pessoas na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba. O protesto reuniu simpatizantes do PT e de movimentos sociais ligados ao direito das mulheres, negros, LGBT e minorias, além de sindicatos, centros acadêmicos e apartidários com bandeiras de defesa da democracia.

Inúmeras pessoas levaram bandeiras do Brasil e do movimento LGBT, além de faixas com a hashtag #EleNão. Muitas estampavam nas camisetas adesivos do candidato Haddad. Também participaram do ato movimentos como Mulheres Contra o Bolsonaro e Mães Pela Diversidade.

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Mirian Gonçalves, candidata petista derrotada ao Senado pelo Paraná, disse que o ato representa um “grito de liberdade”. “Cada um de nós, com a sua militância, com seus amigos. Queremos solidariedade, liberdade, defender os direitos e a democracia”, afirmou.

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A concentração foi acompanhada pelo grupo carnavalesco Garibaldis & Sacis. Pouco depois das 16h, os manifestantes começaram uma caminhada até a Boca Maldita, na Rua XV de Novembro. Os organizadores divulgaram que de 5 mil a 6 mil pessoas participaram do evento. A Polícia Militar afirmou que não vai fazer estimativa.

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Protestos devem acontecer em 122 cidades

Segundo a coligação O Brasil Feliz de Novo (PT, PCdoB, Pros), do candidato Fernando Haddad, os protestos deste sábado (20) acontecem em 122 municípios brasileiros. A expectativa era reunir 1,5 milhão de pessoas. O número consolidado de participantes não foi divulgado até o fechamentos desta matéria. Atos semelhantes aconteceram em 29 de setembro, uma semana antes do primeiro turno.

No domingo (21), estão previstos atos contra o PT e a favor de Bolsonaro em 269 cidades. São esperadas mais de 1,8 milhão de pessoas.

Manifestantes contrários a Bolsonaro em São Paulo.
Eles se reuniram no vão do Masp (SP).
Em Brasília, marcharam pela cidade.
Ato em Brasília reuniu 10 mil pessoas, segundo organizadores. Polícia Militar estima 6 mil.
No Rio de Janeiro, ato acontecer a partir das 15 horas na Cinelândia.
Em Curitiba (PR), manifestantes marcharam pela Rua XV de Novembro, no centro da capital paranaense.
Eles também se reuniram em frente à praça Santos Andrade, em Curitiba (PR).