Vice da chapa de Lula, Fernando Haddad diz que partido vai aumentar as ofensivas internacionais para tentar garantir Lula na disputa eleitoral de 2018| Foto: NELSON ALMEIDA/AFP

Após visitar o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva na prisão, o candidato a vice-presidente pelo PT, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (20) que o partido deve utilizar a recomendação do Comitê de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas para que Lula possa exercer seus direitos políticos enquanto estiver preso.

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Haddad afirmou também que o PT irá utilizar a decisão do Comitê da ONU para reforçar o pedido para que Lula participe dos debates na TV. “Vamos ingressar na Justiça com esse aval da ONU”, disse o ex-prefeito de São Paulo.

O vice da chapa petista disse ainda que o partido vai aumentar as ofensivas internacionais para tentar garantir que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril pela Operação Lava Jato, esteja presente na disputa eleitoral de 2018.

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Ofensiva internacional

As afirmações foram dadas na saída da visita de Haddad e da presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, a Lula na cela da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

“Ele considera muito importante e histórica essa participação da ONU (Organização das Nações Unidas) nos assuntos internos e com a concordância do Brasil, porque o País internalizou a convenção que torna a ONU uma autoridade no âmbito nacional. Nossa ofensiva internacional vai aumentar a partir disso”, afirmou Haddad, na saída da PF.

DESEJOS PARA O BRASIL:  Uma política moralmente exemplar

O Comitê de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas recomendou na sexta-feira, 17, que o Estado brasileiro “tome todas as medidas necessárias” para que o ex-presidente Lula possa exercer seus direitos políticos e não tenha sua candidatura à Presidência barrada até que todos os recursos tenham sido esgotados.

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Para Haddad, as autoridades brasileiras não devem desafiar a recomendação das Nações Unidas. Gleisi ainda completou dizendo que a eleição brasileira assumiu “relevância internacional”. “Não é pouca coisa o que a ONU decidiu, o que determinou ao Brasil, garantir a candidatura (de Lula). A democracia do Brasil está sendo observada pelo mundo”, disse.