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Apoiadores de Lula nas proximidades da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista está preso: pesquisa do Datafolha induz entrevistados a “perceber sua pré-candidatura como uma hipótese remota e distante”, diz PT. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Apoiadores de Lula nas proximidades da sede da Polícia Federal em Curitiba, onde o petista está preso: pesquisa do Datafolha induz entrevistados a “perceber sua pré-candidatura como uma hipótese remota e distante”, diz PT.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

O PT pede na Justiça Eleitoral a impugnação de uma pesquisa eleitoral do Datafolha que excluiu o nome de Lula de seis de nove cenários hipotéticos para a corrida à Presidência em 2018. Realizada desde quarta-feira (11), a pesquisa foi contratada pela “Folha de S.Paulo” e tem divulgação prevista para domingo (15), após 4.250 entrevistas.

O partido quer a suspensão da divulgação da pesquisa – registrada sob o número BR-08510/2018 – e, depois, impedir em definitivo a publicação dos resultados.

Segundo o PT, o levantamento ignora a pré-candidatura de Lula – que está preso na Polícia Federal de Curitiba desde sábado (7) – “e apresenta perguntas tendenciosas com potencial para induzir entrevistados e manipular os resultados da pesquisa”.

O partido destaca o fato de que o nome de Lula só aparece no terceiro cenário, “induzindo os entrevistados a perceber sua pré-candidatura como uma hipótese remota e distante, contrariando o fato concreto de que sua pré-candidatura está consolidada”.

A lei eleitoral prevê que condenados em segunda instância – caso de Lula – são inelegíveis. Porém, a inelegibilidade só será declarada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após o pedido de registro da candidatura, cujo prazo termina em 15 de agosto. Publicamente, o PT insiste que não existe “plano B” e que o ex-presidente será, de fato, o candidato da legenda.

Outra queixa do PT encaminhada ao TSE é o fato de que a pesquisa, ao apurar a rejeição aos possíveis candidatos, insere o nome de Lula “com o mesmo destaque” que o faz para os outros nomes, muito embora tenha omitido o ex-presidente na maioria dos cenários para a eleição.

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Outras questões do levantamento, argumenta o partido, buscam influenciar os entrevistados – e depois toda a população – “na falsa ideia de inelegibilidade” de Lula. As perguntas contestadas são as seguintes:

- Caso o ex-presidente Lula não seja candidato na eleição para presidente da República deste ano, qual candidato Lula deveria apoiar? (resposta espontânea)

- E qual destes candidatos o ex-presidente deveria apoiar na eleição deste ano, caso não seja candidato? (resposta estimulada)

- Na sua opinião, Lula irá disputar a eleição para presidente neste ano, sim ou não?

- E na sua opinião, Lula deveria poder disputar a eleição ou deveria ser impedido de disputar a eleição para presidente?

O PT também contesta uma pergunta sobre a percepção de justiça a respeito da prisão do ex-presidente (“na sua opinião, a prisão de Lula foi justa ou injusta?”). Para a sigla, o objetivo da questão é influenciar os entrevistados.

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