O pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro, do PSL (Partido Social Liberal), voltou a defender a paralisação dos caminhoneiros, mas disse acreditar que é hora de o movimento “refluir”. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Bolsonaro disse que não interessa a ele, ou ao Brasil, o caos. “Quem quer o caos é a esquerda, acusar os latifundiários, os empresários, os americanos. Querem pretexto”, acusou.
Na opinião do pré-candidato, o governo não teve habilidade para acompanhar as demandas dos caminhoneiros, que já vinham demonstrando insatisfação há mais de um ano. Ele enumerou problemas que não são novos, como o preço do pedágio, a condição das estradas e as lombadas eletrônicas. “Deve ter mais de mil lombadas na BR-116, e isso vai para o frete, e acaba no preço do feijão que compramos no mercado”, disse.
LEIA TAMBÉM: Todas as notícias sobre a greve dos caminhoneiros
Bolsonaro afirmou que vem conversando com “gente deles”, referindo-se a lideranças do movimento grevista, e que acredita que eles estão cientes das consequências econômicas de não haver uma trégua na paralisação.
Para ele, a defesa da intervenção militar parte de um grupo pequeno e que um golpe não passa pela dos “amigos generais” do deputado. “O que o pessoal tem saudade é dos valores, era uma época diferente”, defende.
Pelo Twitter
Na manhã desta terça (29), Bolsonaro fez outras críticas ao governo pelo Twitter e parabenizou os profissionais da categoria pela “luta justa contra mazelas que atingem a população causadas pela corrupção enraizada em nosso país”.
LEIA TAMBÉM: Acordo com caminhoneiros é um show do velho estatismo brasileiro
Segundo Bolsonaro, “o governo trabalha para colocar na conta dos caminhoneiros a responsabilidade pelos futuros prejuízos causados pela paralisação”.
Não é a primeira vez que o deputado federal do Rio de Janeiro critica a atuação do governo diante da crise. No domingo (27), ele sugeriu que um futuro presidente honesto e patriota deve revogar qualquer multa, prisão ou confisco a caminhoneiros que sejam determinados pelo presidente Michel Temer ou pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião