O vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão, avalia que atentado sofrido pelo presidenciável deve ajudar na sua eleição.
"Nós julgamos que o sangue derramado pelo Bolsonaro vai unir todo o Brasil em torno do nosso projeto e nós vamos vencer a eleição", afirmou nesta sexta-feira (7), ao desembarcar no Rio de Janeiro.
O general da reserva do Exército pediu calma e tranquilidade neste momento e disse que a prioridade é garantir a saúde do candidato.
Questionado sobre se o tom adotado pela campanha será de "guerra", como disse o presidente do PSL na quinta-feira (6) à Folha de S.Paulo, Mourão minimizou.
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"Eu acho que as primeiras declarações são sempre feitas na base da emoção e aí as pessoas acabam dizendo coisas que não deveriam dizer. Existe um velho ditado: as palavras quando elas saem da boca elas não voltam mais. Essa é uma realidade".
O general disse confiar nas investigações da Polícia Federal, completando que a instituição mostrou sua capacidade na Lava Jato.
"Eu acredito que tenha mais gente envolvida, não é uma coisa isolada. Um grupo aí, não sei se teve conotação política ou não. Pode ser, pode ser que não", disse.
Mourão permanecerá no Rio nesta sexta, mas viaja no sábado (8) a São Paulo para conversar com Bolsonaro. Ele disse ainda não ter falado com o candidato por se tratar de um momento da família.
Sobre a agenda de campanha, disse que a definição deve ocorrer depois de conversas na capital paulista e em Brasília, no início da próxima semana.
Mourão deve assumir compromissos de Bolsonaro
Diante da possibilidade de Bolsonaro não fazer atos de campanha por pelo menos os próximos dez dias, Mourão deve assumir seus compromissos.
A previsão médica é de que ele passe pelo menos dez dias internado, mas dirigentes da campanha calculam que ele pode ficar impossibilitado de fazer atos de campanha pelos próximos 20 dias.
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Isso preocupa aliados do candidato já que nesta sexta falta exatamente apenas um mês para as eleições.
"Entre hoje [sexta] e domingo, os partidos vão intensificar as tratativas relativas à sequência da campanha presidencial. A tendência é que Mourão assuma os compromissos de Bolsonaro", informou o PRTB por meio de nota.
A legenda disse ainda que a segurança de Mourão, que é general da reserva do Exército, será reforçada.
Um maior protagonismo do vice foi defendido por outro general da reserva, Augusto Heleno, que já foi anunciado por Bolsonaro como seu futuro ministro da Defesa, caso seja eleito presidente.
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