O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, afirmou neste sábado (13) que faltou controle interno nas estatais para combate à corrupção durante os governos petistas.
Ele fez a afirmação após ser questionado sobre declarações do senador derrotado no Acre, Jorge Viana, que disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que faltou autocrítica ao partido.
“Faltou controle interno das estatais, isso ficou claro. Os diretores [da Petrobras] ficaram soltos para promover corrupção e enriquecer”, disse Haddad, frisando ser um enriquecimento individual desses executivos.
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Dois ex-diretores da Petrobras nos mandatos Lula e Dilma Rousseff estão presos no Paraná há mais de três anos: Renato Duque e Jorge Zelada, condenados na Lava Jato. Outros ex-diretores, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, viraram delatores, assim como o ex-gerente Pedro Barusco, que fez acordo para devolver US$ 97 milhões (o equivalente, hoje, a R$ 370 milhões).
Instado a apontar culpados, Haddad disse que cabe à Justiça dar a palavra final. Depois, falou da hipótese de prisão de dirigentes partidários, caso confirmado o enriquecimento pessoal. “Aí é pior. Se algum dirigente comete erro, garantido o amplo direito de defesa, mas se concluir que alguém enriqueceu, tem que ir para a cadeia”, disse.
Também preso no Paraná há três anos está João Vaccari, ex-tesoureiro do PT. O ex-chefe da Casa Civil José Dirceu está condenado em segunda instância por receber propina de uma empreiteira, mas aguarda recurso em liberdade. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também está preso em Curitiba depois de ser condenado em segunda instância por corrupção ligada à Petrobras.
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Haddad disse ainda que todo dia faz críticas a equívocos cometidos pelo partido e aliados, mas sempre apontando saídas. “Todo dia eu faço crítica a alguma coisa que foi feita equivocada mostrando o caminho para superar. Eu tenho de apontar os caminhos de superação”, disse.
Nesta sexta (12), a candidatura do PT sofreu um revés no Tribunal Superior Eleitoral. A chapa havia pedido a retirada de conteúdos que considera ofensivos e falsos de um grupo de WhatsApp.
Em decisão desta sexta (12), porém, o ministro Luis Felipe Salomão negou liminar e argumentou que as mensagens não são abertas ao público, como as de redes sociais.
“A interferência desta Justiça especializada deve ser minimalista”, escreveu.