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 | Albari Rosa    /    Gazeta do Povo
| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

Como Jair Bolsonaro virou um sonho impossível - o presidenciável segue para o PSL - o PEN/Patriota corre atrás de outro nome competitivo para disputar a sucessão ao Palácio do Planalto. E pretensão não falta a seus dirigentes. O presidente da legenda, Adilson Barroso, quer atrair para seu grupo agora o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que anda em conversas com o PSB. Barbosa foi o relator do mensalão do PT.

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O contato com Barbosa ainda não foi feito. Barroso disse que está esperando a hora certa. Contou que, como Barbosa é “meio sistemático”, tem que ir com calma. Barroso diz que em comum com Barbosa ambos são “linha-dura com a corrupção e a bandidagem”. Defendem a bandeira do combate à corrupção. Mas o que o PEN tem a olhe oferecer? 

“Temos muito a oferecer. Olha o que fizemos com o Bolsonaro. Quando ele veio para cá (anunciou sua filiação ao PEN) ele tinha 7%. E nos deixou agora com quase 30% (última pesquisa Datafolha dá 17% a Bolsonaro). Imagina o que não podemos fazer pelo Joaquim Barbosa, que tem muito mais potencial”, diz Barroso. 

“Seremos uma boa para ele. Tentarei convencê-lo disso. Irei atrás dele. Se ele quiser me ouvir”, completa. 

Na última pesquisa do Datafolha o melhor desempenho de Barbosa foi um quarto lugar, com 8% de intenção de votos, num cenário no qual o petista Lula está fora do páreo. 

Dr. Rey surge como segunda opção do Patriota

Mas se for inglória a tentativa com Joaquim Barbosa? Barroso diz ter outros dois nomes "na manga do paletó", mas não revela. E trabalha ainda com a possibilidade, no final das contas, de lançar o médico Dr. Rey, também conhecido por Dr. Hollywood, um cirurgião plástico brasileiro que atua nos Estados Unidos tem algumas estrelas do cinema como clientes.

Rey é filiado ao PEN e pretende seguir para o Patriota. Um de seus assessores confirmou à Gazeta do Povo o interesse dele em ser o substituto de Bolsonaro no Patriota.  Ele tem clínicas espalhadas pelo país e chegou a transferir seu domicílio eleitoral ano passado para o Acre. Ele comprou uma casa em Rio Branco. Tinha um acordo com o governados Tião Viana, do PT, para uma dobradinha, mas parece que não avançou. E voltou com seu título para São Paulo. 

Dr. Rey tem uma experiência eleitoral não bem sucedida. Foi candidato a deputado federal por São Paulo em 2014, pelo PSC, de Bolsonaro e do Pastor Marco Feliciano. Recebeu apenas 21.371 votos e foi o 160º mais votado. O presidente do PEN considera a possibilidade de lançá-lo, se o convite a Joaquim Barbosa e outros naufragarem. Mas faz algumas ressalvas ao pré-candidato. 

“É nosso filiado. É um bom nome sim. Mas acho que precisa mexer um pouco no visual. Não aparecer tanto sem camisa, mostrando músculos. Claro, o povo precisa de exercício, faz bem para a saúde. Na hora de folga, tudo bem. Mas tem que botar uma camisa social e paletó”, disse Adilson Barroso.

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