A algumas horas da convenção nacional do Partido Social Liberal (PSL), que tem início às 10 horas deste domingo (22), a advogada do impeachment e professora de Direito Janaina Paschoal vive um dilema. Ela ainda não decidiu se aceitará o convite para ser candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Jair Bolsonaro. Janaina disse à Gazeta do Povo na tarde deste sábado (21) que só irá definir se enfrenta o desafio após uma conversa olho no olho que terá com o pré-candidato momentos antes da convenção, que acontecerá no Rio de Janeiro.
Mesmo que não venha a integrar a chapa, Janaina afirmou que Bolsonaro terá seu apoio incondicional. A advogada, que teve papel preponderante no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), contou que uma coisa é apoiar alguém e outra é estar ao lado. Para isso, diz ela, precisa ter afinidade.
“A gente ainda está conversando. Meu apoio a ele é incondicional e independente de cargo. A questão é de afinidade de trabalhar junto. Vou estar lá na convenção. O considero de qualquer maneira a melhor opção para o país mesmo”, disse.
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A advogada é filiada ao PSL. Bolsonaro não imaginava que precisaria convidá-la para o cargo, já que está sendo sua terceira opção. Ele não obteve sucesso nos convites que fez ao senador Magno Malta (PR-ES) e nem ao general Augusto Heleno (PRB).
Janaina, segundo Bolsonaro disse numa conversa há duas semanas, talvez não aceitaria o desafio por ter uma filha pequena e, assim, daria preferência a disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo, concorrendo a deputada estadual. Ela afirmou neste sábado que, se não disputar a vice-presidência, não irá concorrer a nenhum outro cargo.
“Minha decisão é, se não sair vice, não vou disputar nenhum outro cargo. Aí, vou apoiar o governo como cidadã [se Bolsonaro for eleito], sem nenhum vínculo. Por isso estou indo lá amanhã, para essa rodada de conversa”.
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