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| Foto: Alex Silva/Estadão Conteúdo

O ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira (2) que é preciso compreender e respeitar o tempo do PT. A afirmação foi uma resposta a um questionamento sobre comentário do ex-governador Jaques Wagner (PT) feito nesta terça-feira (1º), em que admitiu a hipótese de o PT não ser cabeça de chapa nas eleições presidenciais e ocupar a vice, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja impedido de concorrer ao Palácio do Planalto. Ele se disse à vontade para discutir a hipótese de se aliar a Ciro.

“O fato real e concreto é que nós temos de aceitar, compreender e respeitar o tempo do PT, para o que quer que seja. Não é simples, não é trivial o momento pelo qual o PT e sua principal liderança estão passando e, portanto, eu respeito o tempo e a forma do PT e vou tocando o meu bonde, propondo ao Brasil uma alternativa que possa nos tirar de um processo grave de crise socioeconômica já com graves repercussões na nossa ordem institucional”, disse Ciro em Ribeirão Preto (SP), durante visita à Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), principal evento do agronegócio brasileiro.

De acordo com Ciro, seu partido está conversando com todos os outros e é muito improvável que definições ocorram antes de junho. “O PC do B, que sempre foi aliado automático do PT, tem candidato, o PSB apresentou candidato, estava conversando conosco, o PT está anunciando que o Lula é candidato. É preciso ter calma, paciência, e é natural que o jornalismo e os políticos queiram antecipar o futuro, mas ele não virá antes de junho, porque aí será o tempo em que os entendimentos vão começar a ter um pouco mais de objetividade.”

Questionado sobre uma eventual aliança com Joaquim Barbosa (PSB), Ciro disse: “Como posso pensar em aliança com alguém que quer ser candidato a presidente? Eu sou delicado”.

Ciro ainda criticou o governo do presidente Michel Temer, que estará na feira agrícola nesta quinta-feira (3) e disse que o agronegócio cresce “apesar do governo”. “O agronegócio cresceu 13% no ano passado, apesar do governo, contra o governo, a despeito do governo”, afirmou.

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