O Sudeste e o Sul foram os responsáveis por sextuplicar a bancada do PSL de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Dos 52 parlamentares que o partido conseguiu eleger, 29 são do Sudeste e dez do Sul, o que corresponde a 75% das cadeiras conquistadas pela legenda. Na representação da Câmara, as bancadas das duas regiões somadas chegam a cerca de 50% do total. O PSL passará a ser a segunda maior legenda da Casa no ano que vem, atrás apenas do PT. Na atual legislatura, a legenda tem apenas oito deputados.
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Enquanto isso, o partido de Bolsonaro no Nordeste elegeu apenas cinco deputados. Para efeito de comparação, o PT elegeu 21 na região e também se saiu bem no Sudeste, com 18 nomes cacifados a representar o partido na próxima legislatura. Os dados mostram a capilaridade dos petistas, que tiveram apenas um eleito a menos que o PSL no Sul (nove).
Assim como na eleição presidencial, os partidos de centro-esquerda predominam na representação nordestina da Câmara. As duas maiores bancadas da região depois do PT são a do PDT e a do PSB, com 14 e 13 deputados, respectivamente. Já o Sudeste tem o próprio PT como segundo mais representado, seguido por PR, DEM, PRB e PSDB, todos com 11, e o PSB, com dez.
Na disputa pela Presidência, o petista Fernando Haddad venceu em oito dos nove Estados nordestinos. O ponto fora da curva foi o Ceará, berço político de Ciro Gomes, que deu vitória ao seu ex-governador. Bolsonaro, por sua vez, ganhou em quase todas as outras unidades da Federação - a exceção foi o Pará, que deu mais votos para Haddad. No Sudeste, o candidato do PSL tirou do PT a vitória no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, onde o partido havia obtido mais votos em primeiro turno em todas as eleições desde 2006.
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