O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta sexta (7) que três pessoas estão sendo investigadas por suposta participação no ataque com faca contra o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).
Até então, a informação disponível era de que duas pessoas eram investigadas: o autor da facada e outro indivíduo por “incitar a violência”, segundo a polícia. Adélio Bispo de Oliveira, o agressor, está preso em Juiz de Fora. Já a outra pessoa foi liberada na manhã desta sexta, mas continua investigada. Segundo Jungmann, Bolsonaro tem um efetivo de 21 policiais federais à disposição e, na ocasião, 13 agentes estavam com o candidato.
O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, disse que não está descartada nenhuma possibilidade nas investigações do ataque. Etchegoyen afirmou que os cuidados com a segurança do presidente Michel Temer serão redobrados após o ataque. “A prudência é melhor remédio”, disse.
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O general disse ainda que o que aconteceu com Bolsonaro foi uma monstruosidade e que a radicalização vai destruir nossa democracia. Ele ressaltou que é importante que o jogo democrático se faça na normalidade e que a violência não ajudará.
“Não é possível que uma campanha tão importante seja reduzida a facadas, tiros e ofensas. Que cada um coloque a mão na consciência e todos trabalhem para pacificação”, completou.
MUTIRÃO
A Polícia Federal concentra esforços para chegar a uma conclusão sobre o atentado contra Bolsonaro. Além das equipes da unidade de Juiz de Fora (MG), a corporação enviou policiais de Brasília e de outras regiões de Minas Gerais para fortalecer a investigação e entregar uma resposta sobre as motivações e responsáveis pelo crime o mais rápido possível.
A ordem para que o crime seja solucionado em menor tempo possível partiu do diretor-geral da PF, Rogério Galloro. O chefe da corporação tem dito a seus diretores que o momento é de serenidade e profissionalismo.
Dentro da PF, a velocidade da investigação é vista como imprescindível para evitar que teorias da conspiração surjam e que o clima na corrida eleitoral aumente ainda mais.
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O homem que esfaqueou o candidato é Adélio Bispo de Oliveira. Ele foi transferido na manhã desta sexta-feira, 7, da sede da Polícia Federal em Juiz de Fora para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (CERESP), também no município mineiro. Uma fonte da PF disse que a corporação vai pedir que ele fique em um local isolado e que sua segurança seja reforçada para evitar qualquer tipo de retaliação que possa esquentar ainda mais o clima da campanha eleitora.
Ainda nesta manhã, a Polícia Federal liberou um segundo suspeito do atentado, que, sem ligação direta com o ato, teria incitado a violência. Ele foi “detido, ouvido e liberado, mas segue na condição de investigado”, informou a PF.
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