O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai se filiar ao MDB (antigo PMDB) na próxima terça-feira (3), em Brasília. A cerimônia está marcada para 11 horas. O presidente nacional do partido, Romero Jucá (RR), deve chegar à capital no fim de semana para participar da filiação.
Meirelles decidiu deixar o cargo no início de abril para se filiar à sigla do presidente Michel Temer e tentar viabilizar sua candidatura ao Planalto.
O ministro deve ficar à frente da Fazenda até o dia 6 de abril, fim do prazo para que os candidatos deixem seus cargos no governo se quiserem disputar as eleições. A data máxima para a desincompatibilização é 7 de abril, no sábado.
Em razão do evento de filiação, Meirelles não viajará mais a Lisboa, onde participaria de um seminário organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes é sócio. Meirelles enviará um representante em seu lugar.
O chefe da equipe econômica vai migrar para o partido de Temer mesmo sem a garantia de que será o nome do MDB ao Planalto. Caso não decole, Meirelles cogita aceitar ser vice na chapa de Temer. O ministro tem apenas 2% nas pesquisas de intenção de voto, enquanto o presidente tem 1%.
Aliados de ambos, porém, ponderam que neste momento não há outro nome que queira se aliar a Temer e à sua baixíssima popularidade – 6%. Os dois afirmam que é preciso defender as conquistas do governo, principalmente na área econômica.
Para sucedê-lo na Fazenda, Meirelles indicou a Temer os nomes dos secretários da pasta Eduardo Guardia (Secretaria-Executiva) e Mansueto Almeida (Acompanhamento Fiscal). Por ter mais respaldo da equipe e representar uma continuidade à política de Meirelles, Guardia é o favorito para o posto.
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