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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Desde a proclamação da República, o país teve 24 vices e destes, dez já assumiram em definitivo o mais alto comando do Brasil por uma série de motivos. Quatro chegaram ao cargo após a morte do presidente, dois por renúncia e um por processo de impeachment.

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Ao longo da história, o cargo de vice-presidente nem sempre existiu. Foi criado logo na primeira Constituição, a de 1891, e foi extinto em outras duas cartas constitucionais - a de 1934 e 1937. O cargo de vice voltou a existir em 1967 e também está na atual Constituição, de 1988. As funções do vice-presidente estão expostas no artigo 79 da Constituição e descreve que o vice “auxiliará o Presidente, sempre que for por ele convocado para missões especiais”. De acordo com o texto, o vice também terá outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, porém nenhuma lei sobre o assunto foi regulamentava até hoje.

Conheça os vice-presidentes que chegaram ao mais alto cargo do país:

Floriano Peixoto (1891)

Galeria dos Presidentes da República

O militar Floriano Peixoto foi o segundo presidente do Brasil e o primeiro entre os vices. O alagoano foi o vice-presidente do Marechal Deodoro da Fonseca durante o Governo Provisório. Assumiu em 23 de novembro de 1891 após a renúncia de Marechal Deodoro, que dependida da unidade das Forças Armadas para governar.

Afonso Pena (1906)

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O mineiro Afonso Pena foi governador de Minas Gerais e chegou à vice-presidência sendo o vice do vice. Isto porque o escolhido para assumir o cargo na chapa do presidente Rodrigues Alves, Francisco Silviano de Almeida Brandão faleceu antes da posse. Afonso Pena, depois de ser vice, foi eleito em 1906.

Nilo Peçanha (1909)

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Nilo Peçanha assumiu a presidência após a morte de Afonso Pena e ficou pouco mais de um ano no cargo e se elegeu senador pelo Estado do Rio de Janeiro em 1912. Voltou a ser candidato em 1922 e perdeu para Arthur Bernardes.

Venceslau Brás (1914)

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O mineiro Venceslau Brás foi eleito como vice-presidente de Hermes da Fonseca durante a República do Café com Leite, que alternava candidatos de São Paulo e Minas Gerais. Foi candidato à Presidência como sucessor de Hermes e assumiu em 1.º de março de 1914, vencendo Rui Barbosa nas urnas.

Delfim Moreira (1918)

Presidente por nove meses, Delfim Moreira assumiu como vice na chapa de Rodrigues Alves e a presidência com a morte de Alves, que foi vítima de gripe espanhola. Ficou no cargo até que fossem convocadas novas eleições.

Café Filho (1954)

Vice de Getúlio Vargas assumiu a presidência após o suicídio do presidente. Em meio à crise política que antecedeu o suicídio de Getúlio, Café Filho sugeriu que os dois renunciassem juntos aos cargos. Com a resposta negativa de Vargas, afirmou que não devia mais lealdade ao presidente. Ficou dois meses do cargo e se afastou com problemas de saúde.

João Goulart (1961)

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Vice de Jânio Quadros, que renunciou à presidência, João Goulart – mais conhecido como Jango – assumiu em seu lugar. Jango, que era ligado a Getúlio Vargas, herdou seus inimigos e saiu do poder e do Brasil depois do Golpe Militar de 1964.

José Sarney (1985)

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Com o agravamento do quadro de saúde de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil eleito desde o golpe de 1964, mesmo que indiretamente, para o Palácio do Planalto, José Sarney assumiu interinamente a presidência no dia 15 de março de 1985. Com a morte de Tancredo no dia 21 de abril, Sarney permaneceu no cargo até 1990.

Itamar Franco (1992)

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Vice de Fernando Collor de Melo, Itamar Franco se distanciou do presidente logo após a posse e criticou publicamente os planos econômicos adotados pelo governo. A sucessão de denúncias que o levaram ao impeachment fez com que Itamar acentuasse suas diferenças com Collor. Assumiu interinamente em outubro de 92 e oficialmente em 29 de dezembro do mesmo ano.

Michel Temer

AFP

Vice de Dilma Rousseff, Michel Temer manteve uma relação amistosa com a presidente até a deflagração do processo de impeachment. Assumiu o cargo interinamente em 12 de maio de 2016 e permanece nele, após conseguir que a Câmara dos Deputados barrasse seu afastamento para apuração de duas denúncias de corrupção.

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