O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira anunciou nesta sexta-feira (22) a decisão de renunciar à defesa de Michel Temer na segunda denúncia criminal apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da República. Foi Mariz quem conduziu a defesa de Temer na primeira denúncia, por corrupção passiva, que foi rejeitada pelo Congresso em 2 de agosto deste ano.
Para substituí-lo, Temer escolheu o advogado criminalista Eduardo Carnelós, um dos quatro nomes sugeridos pelo próprio Mariz. O presidente se reuniu com o novo defensor nesta sexta, em São Paulo, para comunicar a sua escolha e conversar sobre estratégias de defesa.
Segundo Mariz, o afastamento deve-se ao fato de ele ter defendido no passado o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, um dos delatores citados na nova denúncia contra Temer, o que configuraria conflito ético. No bastidor, Mariz permanecerá como conselheiro de confiança do presidente, além de atuar em outros casos.
A segunda denúncia contra Temer chegou à Câmara dos Deputados nesta sexta-feira (22), depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter rejeitado pedido da defesa do presidente para interromper a tramitação. Antes mesmo da decisão do STF, Mariz já havia comunicado a Temer que deixaria de defendê-lo caso a denúncia prosseguisse.
Funaro foi preso em julho de 2016 no âmbito da Operação Sépsis, que investiga desvios do Fundo de Investimentos do FGTS em esquema comandado pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que também está preso.
O doleiro fez várias acusações ao presidente Temer, que foram usadas pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot para elaborar a tese de organização criminosa e obstrução de justiça que sustenta a atual denúncia contra Temer.
Mariz trabalhou para Funaro até a sua prisão, mas deixou o caso quando ele decidiu fazer delação premiada, recurso que o advogado reprova.
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