Um ato do partido Podemos na manhã deste sábado (1º), em Brasília, virou uma espécie de convenção fora de época de lançamento da candidatura do senador Alvaro Dias (PR) à Presidência da República. Adesivos com seu nome – “Dias melhores virão” –, balões coloridos, um telão enorme, animador de palco, claque e discursos inflamados o anunciando como o futuro ocupante do Palácio do Planalto.
Foi distribuída uma revista, de edição luxuosa e com 20 páginas coloridas, editada pelo Senado, que o trazia na capa numa montagem ao lado do prédio da Petrobras. Na contracapa, uma foto do juiz Sérgio Moro.
Último orador do evento, Dias disse que o Brasil virou um balcão de negócios da corrupção e que transformaram em um país da desesperança.
“A matriz disso tudo foram esses governo incompetentes e corruptos. Vivemos um oceano de mazelas. O povo não fracassou. Quem fracassou foram os governantes”, disse o senador, para aplausos dos presentes no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Antes de anunciá-lo, a presidente do partido, a deputada federal Renata Abreu (SP), disse que Dias não tem nem um risco ou mácula em sua biografia. E chamou ao centro do palco o “futuro presidente do Brasil”.
Deputados do novo partido, cuja sigla é Pode, se revezavam nos elogios ao senador.
“É um homem que honra a política brasileira”, disse o deputado Aluisio Mendes, do Maranhão.
Claques
Alguns parlamentares levaram suas claques próprias. Muitos idosos e crianças. O deputado distrital de Brasília Rodrigo Delmasso lotou metade do auditório com seus apoiadores. Eles ganhavam alimentação, como suco e frutas. A maior parte das pessoas era de moradores das cidades-satélites do Distrito Federal. Assessores do parlamentar orientavam a claque e avisavam a ora de gritar seu nome e aplaudir.
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