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| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O agora ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio atribuiu sua queda do ministério à pressão que o presidente Michel Temer sofreu de “trôpegos estrategistas”. Numa carta longa aos servidores, publicada no site do ministério, Serraglio lista ter recebido 444 representantes políticos e admite que deu espaço para apoiadores do governo.

“Pratiquei a mais absoluta descentralização. Ao mesmo tempo, valorizei a coalizão de apoio ao governo, prestigiando o leque de partidos que a compõem, num momento crucial de apoio às importantes reformas iniciadas pelo presidente Temer”, disse Serraglio.

O peemedebista contabiliza a realização 347 audiências, reuniões com os 444 representantes políticos, 11 governadores, 35 senadores e 245 deputados federais de 16 partidos, além de 93 prefeitos. Ao contrário da crítica que recebe, ele afirmou que recebido “inúmeros” caciques indígenas.

“Eles (indígenas) eram presença constante em meu gabinete”.

Serraglio agradeceu o apoio de Temer nos meses que esteve à frente do ministério, agradeceu sua confiança e diz compreender as pressões sofridas pelo presidente para tirá-lo do cargo.

“Agradeço ao presidente Michel Temer pela confiança que em mim depositou e porque sei das pressões que sofreu de trôpegos estrategistas; ao ministro Eliseu Padilha, que sempre me apoiou, compreendendo as dificuldades em que eu navegava”.

Na sequência de agradecimentos, o ex-ministro cita o apoio que teve da Frente Parlamentar Agropecuária, a bancada ruralista, setor que está ao lado de Serraglio e que criticou sua saída da pasta.

Ele afirma que encaminhou para solução grande parte das demandas recebidas, cuidou da segurança pública, da segurança nas fronteiras, reforçou o sistema prisional do país e apoiou as polícias Federal, Rodoviária, Força Nacional e guardas municipais. Citou a urgência para a construção de 25 penitenciárias a criação de um mutirão de trabalho para agilizar as demarcações de terras indígenas.

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