Em festa com celulares confiscados, Bolsonaro vai a casamento de Onyx em Brasília

O futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), de 64 anos, casou-se na quinta-feira (22) com a assessora parlamentar Denise Veberling, de 38 anos. Ela trabalha no gabinete do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). A cerimônia aconteceu em Brasília e teve a presença de cerca de 80 pessoas, entre elas o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), e sua mulher, Michelle. Os celulares foram confiscado para garantir a privacidade. 

A festa também foi marcada por uma forte segurança. O número oficial de convidados não foi divulgado por questão de “segurança nacional”. Os convidados só puderam entrar no Clube do Congresso, onde aconteceu a cerimônia, a partir das 19h30, mesmo quem chegou mais cedo, às 18 horas, ou quem era sócio. Um assessor do ministro que não estava com nome na lista precisou fazer algumas ligações até que o cerimonial o liberasse para entrar.

LEIA TAMBÉM: Bolsonaro fará exames pré-operatórios nesta sexta-feira

Os jornalistas ficaram na rua. Convidados tiveram os celulares confiscados ao entrar para não fazer registros e fotógrafos da festa foram orientados a não ceder imagens à imprensa.

Poucos políticos participaram da festa

A festa foi restrita. Apenas alguns integrantes do PSL, partido do presidente Bolsonaro, e políticos ligados a ele foram chamados. Nem o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi convidado. Ele tenta uma reaproximação com Onyx para ter apoio de Bolsonaro para se reeleger no comando da Casa.De futuros ministros, compareceram Gustavo Bebianno (Secretaria Geral) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde).

Primeiro a chegar, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF), candidato derrotado ao governo do Distrito Federal, esperou cerca de meia hora até poder entrar, às 19h30, na área restrita, onde a Polícia Federal estava desde cedo.

SAIBA MAIS:  Como ministérios do DEM e rixa com Onyx prejudicam projeto de reeleição de Maia

O noivo chegou antes da liberação dos convidados. Disse não estar com frio na barriga. “Que nada, aquece o coração”, disse Onyx, que, questionado sobre o que o preocupava mais, se a composição do governo ou o casamento, brincou com os repórteres. “Casamento é a parte boa”, afirmou o futuro ministro. Ele disse que voltará a “bater ponto” na segunda-feira (26), mas que a lua de mel foi na semana passada, em Cambará do Sul (RS).

Antes da chegada de Bolsonaro, três viaturas da Polícia Militar aguardavam na porta e um helicóptero sobrevoou o local. O comboio do presidente eleito chegou às 20h48, cerca de 15 minutos antes de a noiva ingressar no salão do clube. 

Como foi a cerimônia

Durante a cerimônia, celebrada pelo Bispo Rodovalho, fundador da igreja Sara Nossa Terra, Bolsonaro conversou com Fraga sobre a trajetória de sua campanha presidencial. Ainda no casamento, o presidente eleito divulgou no Twitter que o colombiano Ricardo Velez Rodriguez será o seu futuro ministro da Educação.

Após as palavras de Rodovalho, a noiva discursou e brincou ao pegar o celular para ler o que havia preparado. Disse que devolveria o aparelho logo em seguida.

LEIA MAIS: Briga por protagonismo entre Mourão e Onyx abre espaço para Guedes e Moro

A banda de Alysson Takak tocou a marcha nupcial para a noiva e “Pela luz dos olhos teus”, de Tom Jobim, para o noivo. A trilha sonora incluiu canções como “Por enquanto”, de Cássia Eller, “Shallow”, de Lady Gaga, e as trilhas sonoras dos filmes “O Mágico de Oz” e “A Bela e a Fera”.

O presidente eleito não demorou muito na festa, onde foram servidos canapés com vinho e uísque para acompanhar. Partiu menos de duas horas depois de sua chegada, um dos primeiros a deixar o casamento. Seu filho Eduardo Bolsonaro, que se reelegeu deputado federal pelo PSL-SP, chegou antes do pai, dirigindo o próprio carro, e não o acompanhou na saída.