Um grupo de deputados dissidentes e "segregados" em seus partidos decidiu formar uma frente independente na Câmara. Ao todo, 107 parlamentares assinaram o que chamam de "Independentes, manifesto pelo Brasil", com apenas cinco pontos programáticos e que se apresentam contra o "presidencialismo de coalisão" (escrito com “s” mesmo).
No grupo, há parlamentares dos mais diversos partidos. Muitos deles estão em confronto com a liderança e a direção de seus partidos. É o caso de Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos líderes do grupo, que tem batido de frente com seu partido e defende a saída de Michel Temer da Presidência.
Também está nessa lista o deputado Delegado Waldir (PR-GO), que foi excluído por seu partido da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) porque votaria a favor do pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) para processar Temer por corrupção passiva. Alguns deputados dissidentes do PSDB estão ali, casos de Mariana Carvalho (RO) e Mara Gabrilli (SP). Júlio Delgado (PSB-MG) é outro signatário do movimento.
Os "independentes" não são um bloco formal, com liderança oficial na Câmara e cargos. É um grupo informal que, assim anunciaram, vão votar juntos nas questões de interesse do país, mas com autonomia e independência. "Deixamos claro a nossa Independência, tanto em relação ao governo, quanto à oposição. Todos os nossos esforços serão voltados para crescimento da economia e geração de empregos e renda para os brasileiros", argumentam.
Assinam também o manifesto e integram o grupo os deputados Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que está deixando a legenda por “incompatibilidades” para ingressar no PEN (futuro Patriota), Diego Garcia (PHS-PR), Laura Carneiro (PMDB-RJ), que votou contra Temer no pedido do STF, e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), entre outras dezenas de parlamentares.
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