Após críticas do comandante das operações de resgate em Brumadinho aos equipamentos israelenses usados para buscar vítimas da tragédia, o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, afirma que há pessoas com ciúmes e que a missão do país já encontrou cinco corpos em poucas horas de atuação. “Israel tem todo o equipamento necessário para salvar vidas, inclusive para mergulhar na lama. Essa notícia que saiu hoje é fake news.”
O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Eduardo Ângelo afirmou que o imagiador que os israelenses têm pegam corpos quentes, e todos os corpos já estariam frios a essa altura. “Então esse já é um equipamento ineficiente”, disse. “Dos equipamentos que eles trouxeram, nenhum se aplica a esse tipo de desastre”.
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A equipe da Força de Defesa de Israel (FDI) trouxe ao país um sistema de localização de sinal de celular e estratégias de resgate com cordas e construção de bases para operações na água, além de drones. “Vamos deixar de lado as pessoas que querem brigar. Nós faremos o trabalho que é preciso fazer e os resultados virão ao longo dos próximos dias. Nossas ações mostram a grande cooperação e o grande coração de Israel. Não precisamos escutar as pessoas que estão com ciúmes. Fazemos tudo com o coração”, afirma.
“Em outros países recebemos só elogios, como no México, nas Filipinas. Quem estiver frustrado com a melhora no relacionamento entre Israel e Brasil que se acostume e ‘engula o chapéu’.”
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Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, as informações de que os equipamentos israelenses seriam inúteis para auxílio nas buscas são equivocadas. Os equipamentos ainda não estão sendo utilizados, mas devem ser adaptados ao tipo de topografia e à situação do local das buscas em Brumadinho.
Reforço especializado
A delegação israelense que chegou neste domingo (27) a Minas Gerais tem cerca de 130 soldados e oficiais reservistas, entre eles especialistas em engenharia, médicos e pessoal de resgate, além de soldados da Unidade Canina Oketz (picada, em hebraico), bombeiros da Brigada de Incêndio Lehava (chama) e membros da unidade submarina da Marinha. Ela é chefiada pelo comandante da Unidade Nacional de Resgate, o coronel (Res.) Golan Vach.
A brigada é conhecida pela mobilização rápida, pesquisa de engenharia de edifícios, pelas provisões de assistência médica e uso de equipamentos tecnológicos.
A missão é a primeira depois a Brigada de Busca e Resgate do Comando da Frente Interna das Forças de Defesa de Israel (IDF) -da qual a Unidade de Resgate Nacional faz parte- foi aceita, em novembro de 2018, como membro do Grupo Consultivo Internacional de Busca e Resgate das Nações Unidas (Insarag, na sigla em inglês), uma aliança internacional de 80 países com sede na Suíça e se mobiliza para ações de resgate pelo mundo.
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