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Caixa e Banco do Brasil lideram lista de estatais com maiores adesões aos planos de demissão voluntária, os PDVs. | Átila Alberti/
Tribuna do Parana
Caixa e Banco do Brasil lideram lista de estatais com maiores adesões aos planos de demissão voluntária, os PDVs.| Foto: Átila Alberti/ Tribuna do Parana

Com dificuldades para fechar o orçamento, o governo federal planejava desligar 34.453 funcionários de empresas estatais, por meio de programas de demissão voluntária (PDVs) e de aposentadoria incentivada anunciados desde o ano passado. Mas, até agora, apenas metade dessa meta foi alcançada: 17.254 empregados serão desligados, sendo 10.625 em 2016 e o restante em 2017.

Os dados são do Ministério do Planejamento e os números consideram as adesões efetivas aos PDVs da Petrobras, Correios, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, entre outras. O Planejamento informou que a economia efetiva declarada pelas estatais para os PDVs de 2016 é de R$ 2,25 bilhões e de R$ 4,57 bilhões em 2017. 

O Banco do Brasil é a que apresentou a maior redução do quadro profissional, com o desligamento de 9.309 pessoas no ano passado. Outra estatal com expressivo corte de pessoal é a Caixa: 4.481 funcionários vão sair em 2017. 

Relatório sobre estatais divulgado pelo ministério revela que, a partir de 2006, as empresas tiveram aumentos sucessivos do corpo de funcionários, atingindo um pico de 552 mil pessoas em 2014. O número começou a cair em 2015 e fechou 2016 em 534.216. E a tendência de queda se manteve nesse ano, com 523.087 empregados no primeiro trimestre de 2017. 

Na comparação entre o primeiro trimestre desse ano com do ano anterior, a Caixa lidera o enxugamento com a redução de 4% da sua folha – a média de cortes das estatais ficou em 2%, com o desligamento de 11.278 empregados. 

Atualmente, o Brasil tem 151 empresas estatais, sendo 48 com controle direto da União e 18 dependentes do reforço orçamentário do Tesouro Nacional. 

O governo não está focando apenas nas estatais para a redução dos gastos com pessoal. Em julho, foi editada uma medida provisória que criou um PDV para todos os servidores da Esplanada dos Ministérios. O Planejamento não divulgou metas de adesão por se tratar de uma iniciativa voluntária, mas afirmou que 5 mil desligamentos gerariam um impacto de R$ 1 bilhão ao ano. A proposta também permite a redução de jornada do servidor.

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