O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) publicou um vídeo em seu Facebook respondendo a manifestantes que o chamaram de “golpista” e “traidor da educação” nesta terça-feira, 18, em Belo Horizonte, Minas Gerais. O parlamentar, que chegou a ser vaiado enquanto participava de evento na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), disse que “esse pessoal perdeu o discurso” e que “eles não querem lutar por mais recurso, querem apenas pedir mais dinheiro”.
“Esse pessoal perdeu o discurso. E não querem lutar por mais recurso. Eles querem apenas pedir mais dinheiro, mais para a escola, mais para estádio. Eles não querem lutar por mais para a escola e menos estádio”, disse o parlamentar no vídeo. “Ficaram para trás. Por isso, eles agridem.”
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O senador explicou que participava de sessão especial de ensino a distância da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) na universidade. Buarque escreveu que o grupo de manifestantes “o abordou de forma bastante desrespeitosa”. “Para pessoas que têm opiniões contrárias e que agem dessa forma, envio o meu recado: viver num país em que se é hostilizado por pensar diferente é mais um incentivo para que eu continue a minha luta pela educação”, escreveu.
Em vídeos publicados nas redes sociais, Buarque é vaiado, chamado de “golpista”, “traidor dos trabalhadores”, “cínico” e “traidor da educação”. “Está vendendo as universidades”, diz um dos manifestantes.
Ex-ministro da Educação no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador votou no ano passado a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Neste mês, Buarque também votou favorável ao texto da reforma trabalhista.
Segundo a agenda da UFMG, o parlamentar também participaria do lançamento do seu livro “Mediterrâneos Invisíveis” na tarde desta terça-feira. À noite, Buarque foi novamente hostilizado, desta vez próximo ao Teatro Cidade, no centro de Belo Horizonte, e voltou a ser chamado de “golpista”. O senador chegou a ser escoltado por alguns policiais, como mostram gravações publicadas nas redes sociais. Procurada, a UFMG ainda não se manifestou.
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