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Deputado paranaense Sandro Alex (PSD) contava com o apoio do PT na eleição,  mas aparentemente foi “traído”. | Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara
Deputado paranaense Sandro Alex (PSD) contava com o apoio do PT na eleição, mas aparentemente foi “traído”.| Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Câmara

A revelação da lista de Fachin – de pedidos de investigação feitos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF) – horas antes pode ter sido decisiva para definir a eleição no Conselho de Ética da Câmara, que ocorreu no início da noite desta terça (11). Por 11 votos a 9, o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) derrotou o paranaense Sandro Alex (PSD) para presidir o colegiado.

O vitorioso é um ex-aliado de Eduardo Cunha e renunciou ano passado, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), do papel de relator dos recursos do ex-presidente da Casa. Alex, que já integrava o Conselho, tem postura severa contra os denunciados por quebra de decoro parlamentar. O paranaense credita sua derrota ao “efeito Fachin”. “Ficou claro que a divulgação dessa lista repercutiu aqui na votação. Contava com outro placar, que não se confirmou. É fácil deduzir”, disse Alex.

O parlamentar do PSD costurou apoios durante todo o dia. Ele se reuniu com os três deputados do PT integrantes do órgão, mas se mostrou descrente se obteve mesmo os votos desse grupo. Apesar de a votação ser secreta, os petistas demonstraram, em seus discursos, pouca disposição para investigar colegas.

“Torcemos para não termos nada que fazer aqui nos próximos dois anos. O parlamentar é vítima dessa legislação eleitoral, que precisa ser mudada. Criaram um suspense tão grande com essa lista do Fachin que quem é nominado ali é ‘satanizado’”, disse o deputado Zé Geraldo (PT-PA), titular do conselho.

Elmar Nascimento prometeu agir com isenção à frente do conselho e negou que esteja ali para proteger quem quer que seja.

Investigado na lista de Fachin

Único titular do Conselho de Ética citado na lista de Fachin, o deputado Cacá Leão (PP-BA) afirmou que não pretende deixar o colegiado e nem se sente constrangido. “A ser verdade essa lista, não tenho nenhum temor. A doação que recebi da empresa (Odebrecht) foi legal. E não conheço nenhum diretor da empresa”, disse Leão. “E não vejo razão para deixar o conselho. Não vejo, por enquanto, conflito de interesse. Estou tranquilo.”

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