Morreu nesta quinta-feira (20) o professor Marco Aurélio Garcia, ex-assessor da Presidência da República nos governos do PT e fundador do partido.
Segundo integrantes do partido, a suspeita é de um infarto. Amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele tinha 76 anos e sofria de problemas cardíacos.
Garcia participou do ato em apoio a Lula após a condenação do ex-presidente pelo juiz Sergio Moro, na semana passada.
Ele era professor aposentado de história da Unicamp e se graduou em filosofia e direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Começou a vida pública como vereador em Porto Alegre, nos anos 1960, pelo antigo Partido Republicano.
Na ditadura, exilou-se no Chile e na França e, ao voltar ao Brasil, ajudou a fundar o PT. Ocupou cargos em prefeituras petistas em Campinas e em São Paulo, na gestão de Marta Suplicy. Também coordenou o programa de governo em candidaturas de Lula e de Dilma Rousseff à Presidência.
Com a posse do petista, em 2003, assumiu o cargo de assessor especial para Assuntos Internacionais, que ocupou até o afastamento de Dilma, em maio de 2016. Em 2006, também chegou a ser presidente do PT.
O ex-assessor ficou conhecido pelo episódio do “top top”. Ele foi filmado em 2007 fazendo um gesto obsceno enquanto assistia a uma reportagem do Jornal Nacional afirmando que uma falha técnica foi responsável pelo acidente com o avião da TAM que matou 199 pessoas em Congonhas. Até aquele momento, havia a suspeita de que as condições da pista, gerida pela estatal Infraero, haviam contribuído para o acidente.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião