O presidente Michel Temer autorizou o envio de 950 homens das Forças Armadas para participar de operação na favela da Rocinha, que registrou confrontos e ataques nesta sexta-feira (22). Segundo o Ministro da Defesa, Raul Jungmann, o contingente já está no Rio de Janeiro e deverá chegar por volta das 15h30 na comunidade fluminense.
O reforço terá a função de fazer um cerco na favela para liberar os destacamentos da Polícia Militar a subirem na comunidade. “Foi autorizada a operação das Forças Armadas para que seja feito um cerco na Rocinha, liberando o policiamento para que ele possa subir e continue com o enfrentamento com os criminosos”, disse.
De acordo com o ministro, há um contingente de 10 mil homens disponíveis no Rio de Janeiro, que poderão ser acionados caso o governo estadual faça uma nova solicitação à administração federal.
O envio de um reforço foi solicitado nesta sexta-feira (22) pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Além da Rocinha, houve relatos de tiroteios no Dona Marta, na zona sul, e no Complexo do Alemão, na zona norte.
Perguntado se o anúncio foi tardio, o ministro disse que as Forças Armadas não substituem a Polícia Militar, que fazem a segurança pública e têm informações operacionais.
“Nós atuamos por demanda e não houve demanda [anterior], porque os órgãos de segurança estavam realizando operações que eles achavam e entendiam que não havia necessidade”, disse.
Ele reconheceu que o problema no Rio de Janeiro é estrutural, mas que, neste momento, é necessário combater o quadro considerado urgente.
“Há um doente com fraturas múltiplas e uma hemorragia interna. E ele tem também cirrose. Do que vamos cuidar primeiro? A cirrose é estrutural e a hemorragia é a urgência. Nós estamos trabalhando evidentemente sobre a urgência”, disse.
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