O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer. O pedido foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com base em delação do empresário Joesley Batista, sócio do grupo JBS.
Com a decisão, Temer passa à condição de investigado na Lava Jato. A informação foi divulgada inicialmente pelo BuzzFeed Brasil.
Batista disse ter gravado Temer em uma conversa na qual o presidente dá aval para que o empresário continue pagando uma espécie de “mesada” para manter em silêncio o ex-deputado Eduardo Cunha, que foi cassado e está preso desde outubro.
A conversa com Temer teria ocorrido no dia 7 de março deste ano, no Palácio do Jaburu, residência do presidente. No diálogo, Joesley teria dito ao peemedebista que estava pagando uma mesada a Cunha e a Lúcio Funaro, apontado como operador do ex-presidente da Câmara, também preso na Lava Jato, para que ambos ficassem em silêncio sobre irregularidades envolvendo aliados. “Tem que manter isso, viu?”, disse Temer a Joesley, segundo relatou “O Globo”.
Em nota, na noite da quarta-feira (17), o Palácio do Planalto afirmou que “Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar”. “O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias.”
É aguardado um pronunciamento de Michel Temer às 16h.
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