• Carregando...
 | Sergio Amaral/MTE
| Foto: Sergio Amaral/MTE

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão preventiva de Leonardo Arantes, sobrinho do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) e secretário-executivo do Ministério do Trabalho, segundo cargo na hierarquia da pasta.

Os agentes da Polícia Federal tentaram cumprir o mandado, mas ele está em Londres, em missão oficial, a serviço do ministério. Os policiais vão negociar com Leonardo para que ele se entregue. Por ora, a Interpol não foi acionada. Outro sobrinho de Jovair, Rogério Arantes, diretor do Incra, também é alvo de mandado de prisão preventiva, além do ex-secretário de Relações do Trabalho do ministério, Carlos Lacerda.

A PF apura um esquema de venda de registro sindical na pasta. Os sobrinhos de Jovair foram alvo de uma ação controlada da PF, na qual negociaram a possível liberação de um registro com uma entidade de Goiás. As tratativas foram feitas com a intermediação de lobistas, contra os quais também há mandados de prisão. A decisão de Fachin é mantida em sigilo.

Leia também: PT marca dia e hora para lançamento da candidatura de Lula a presidente

Segundo as investigações, o PTB e o Solidariedade, partidos que controlam o Ministério do Trabalho, são os beneficiários do esquema, supostamente liderado pelos deputados Paulinho da Força (SD-SP), Wilson Filho (PTB-PB) e Jovair.

Lacerda, segundo as apurações, era um dos responsáveis pela manipulação dos processos de registro, permitindo que entidades envolvidas no esquema furassem a fila das concessões. Ele e outras autoridades da pasta são alvo de uma ação de improbidade ajuizada pelo procurador da República Frederico Paiva, de Brasília.

A PF pediu a prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), mas a procuradora-geral Raquel Dodge se manifestou contra. Fachin concordou com ela. A operação começou a ser organizada no dia 3 de maio e foi autorizada por Fachin no dia 22 de maio.

Leonardo Arantes assumiu o cargo de secretário de Políticas Públicas de Emprego em 2 de junho de 2016, com salário de R$ 16,2 mil, após o tio parlamentar relatar o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Roussef (PT) na Câmara dos Deputados.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]