Interpelado na tarde de quarta-feira (24) sobre se apresentaria candidatura em uma eventual eleição indireta, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso respondeu bem-humorado: “Eu? Olha para a minha cara, minha idade. Tá louco”, disse.
O tucano afirmou que o país ainda não vislumbra uma saída satisfatória em um eventual pós-Temer e que isso explica porque o PSDB ainda não se decidiu sobre se manterá ou não o apoio ao presidente, alvejado há uma semana por denúncias de corrupção no bojo da delação do empresário da JBS Joesley Batista.
“Temos que ter responsabilidade. Não pode tomar uma decisão a respeito de um governo sem saber qual é o outro passo. Hoje a situação se agravou. Viu-se em Brasília reações do tipo inaceitável, de violência”, afirmou, comentando a depredação ocorrida na Esplanada dos Ministérios.
Ele completou: “Não pode dizer ‘sai do governo’, ‘não sai do governo’, ‘fica no governo’ sem tomar em consideração o que está acontecendo. A situação é muito instável no Brasil. Acho que responsavelmente temos que pensar sempre: e amanhã? Vai dizer: ‘Eu não brinco mais’. Mas o que você vai fazer amanhã. Ainda estamos elaborando esse amanhã. E isso não é só o PSDB. É o Brasil inteiro.”
Em relação a uma eventual saída de Temer, FHC notou que o presidente tem perdido legitimidade para o cargo dia após dia. “Brasil inteiro está inquieto porque está sentindo que está havendo um esvaziamento do poder, do que delegamos para que seja feito, de legitimidade e é preciso reconstruir essas formas de ação efetivas do Estado.”
Apesar disso, o ex-presidente não quis comentar um cenário de eleição indireta nem um eventual acordo com o PMDB para que Temer saia e seja substituído por um nome de conservação. “Eu não sei nem se vai haver esse caso”, disse.
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